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Ribeirão Preto, SP – A Polícia Civil de Ribeirão Preto descartou ouvir o ex-ministro da Fazenda e ex-prefeito Antônio Palocci em sua casa sobre supostas irregularidades na varrição de lixo cometidas em sua segunda passagem pela prefeitura, entre 2001 e 2002.

Segundo o delegado seccional de Ribeirão, Benedito Antônio Valencise, Palocci deverá ser ouvido em uma unidade policial – em depoimento à PF, em Brasília, ele foi ouvido em sua casa.

"Em hipótese alguma ele será interrogado na casa dele, em Brasília ou em Ribeirão Preto. Se estiver doente, tem que estar internado. É um absurdo e não vou concordar com isso. Se ele estiver bem (de saúde), será ouvido numa unidade policial. A lei é para todos", afirmou.

A notificação deve ser feita até amanhã, quando Valencise se reunirá com José Roberto Batochio, advogado do ex-ministro, que procurou o delegado seccional uma vez, na última semana, segundo ele.

Duas possibilidades para notificar Palocci estão sendo cogitadas pela polícia: via fax ou por meio de Batochio.

"A possibilidade mais concreta é que isso seja feito por meio do advogado. Há 99,9% de certeza de que é isso que acontecerá." O depoimento deve ocorrer neste mês.

Ele disse ainda que o inquérito está praticamente pronto, restando somente apurar o montante do desvio – metragens pagas sem que a varrição fosse feita.

Propina

O inquérito foi instaurado em 2005 após o advogado Rogério Buratti denunciar suposto esquema de pagamento de propina pela Leão Leão. Todos os envolvidos negam a acusação.

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