As contradições nos depoimentos da estudante Monik Pegorari de Lima foram explicadas ontem na entrevista coletiva da Polícia Civil. O delegado Luiz Alberto Cartaxo disse que a camiseta polo amarela foi reconhecida, primeiramente, em um momento que Monik estava em estado de choque e sedada. "Quando os remédios foram suspensos, ela viu que não era a camiseta. Era apenas um vestígio. A peça de roupa estava a mil metros do local do crime", disse Cartaxo. Ela também não saberia a diferença entre estupro e atentado violento ao pudor, por isso teria dito que foi estuprada e depois, ao saber dos significados, afirmou que foi molestada. O homem voltou com uma lanterna, colocou um chapéu na cara da jovem e a tocou nas partes íntimas. Ela sabe que foi ele, segundo as investigações, porque o reconheceu pela voz. "Não houve estupro porque ele não ficou sobre ela", explica Cartaxo.
O reconhecimento do homem que matou Osíris del Corso foi feito por Monik, que foi baleada e molestada. Ela tem certeza de que Juarez é o autor do crime, depois de diversas fases de reconhecimento ela viu fotos antigas dele, depois imagens recentes, gravações de voz e vídeo. Também fez o reconhecimento pessoalmente quando ainda estava no hospital, no dia 16 de fevereiro. Nessa data, alguns suspeitos, incluindo Juarez, foram colocados lado a lado e seguraram um número. Ela apontou para o Juarez nas vezes em que foi questionada quem era o autor do crime. O delegado Luiz Alberto Cartaxo insistiu e pediu se ela tinha certeza: "É ele, pelo amor de Deus. Que dúvida é essa?", respondeu.
A polícia também citou novas testemunhas, que confirmaram ser Juarez o autor do crime. Um biólogo que estava descendo o Morro do Boi, no dia 31, disse ter visto um homem subindo o morro, por volta das 21 horas, com uma lanterna e características semelhantes ao do retrato falado. A mulher de um bombeiro afirmou que, no dia do resgate (domingo), um homem igual a Juarez perguntou a ela se a moça estava viva. "Um indivíduo abordou essa senhora, que não sabia o que de fato estava acontecendo, e pede se a jovem sobreviveu. Ele sabia do que estava falando", afirma Cartaxo.
Juarez foi indiciado por latrocínio (roubo seguido de morte) porque abordou o casal no começo da trilha, com uma arma, gritou para eles continuarem subindo o morro e a primeira coisa que pediu é se eles tinham dinheiro. Mas ele também deve responder por homicídio e, talvez, poderá ser julgado em júri popular.
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