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Recife - O delegado responsável por investigar a chacina ocorrida em um assentamento de sem-terra na segunda-feira, em Pernambuco, acredita que o crime foi motivado por questões pessoais, mas não descarta a possibilidade de crime decorrente de conflito agrário. Os cinco sem-terra mortos estavam trabalhando na construção de casas, no Assentamento Chico Mendes, no município de Brejo da Madre de Deus (PE), quando foram abordados por dois homens em uma moto, que anunciaram um assalto antes de atirar. As diligências continuam para tentar capturar os assassinos. As informações são do portal JC Online.

Sobrevivente

"Ainda estamos investigando, ouvindo testemunhas e outras pessoas", disse Sérgio Moura, da Delegacia de Roubos e Furtos, designado para investigar o caso. Ele não quis adiantar detalhes, mas já ouviu Eriosvaldo Francisco da Silva, 30 anos, que levou um tiro na clavícula e foi o único sobrevivente da chacina.

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-terra (MST) divulgou nota na manhã de ontem denunciando negligência por parte do governo estadual na proteção de Silva. Segundo o movimento, depois de ser liberado do hospital, Silva foi levado para depor com a garantia de que teria proteção até o fim das investigações. "Mas depois do depoimento ele foi deixado pela polícia em uma casa semi-abandonada e sem nenhuma proteção policial", afirma o MST.

O delegado Moura também declarou que ainda é cedo para relacionar esse crime com outra chacina envolvendo integrantes do MST, ocorrida em fevereiro, também no Agreste pernambucado. Na ocasião, quatro seguranças foram mortos por integrantes do movimento, num conflito pela posse pela terra.

Os corpos dos cinco sem-terra assassinados foram enterrados ontem. Dentre as vítimas, apenas Silva, o sobrevivente, e João Pereira moravam no Assentamento Chico Mendes; os outros quatro assentados – Juarez Cesário, Natalício Gomes, Olímpio Cosme e José Angelino – viviam em assentamentos na cidade de Caruaru.

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