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Cuiabá – O delegado da Polícia Federal de Cuiabá (MT) Diógenes Curado, responsável pelas investigações sobre o dossiê antitucano, disse ontem que não protocolou na Justiça Federal pedido para retirar dados da "Folha de S. Paulo" do inquérito porque a polícia já descartou qualquer investigação com relação ao jornal.

A PF, porém, havia informado quinta-feira que iria pedir – sem dizer quando – que fossem retiradas do inquérito sobre o dossiê toda informação relativa à quebra de sigilo de um número de telefone usado pela "Folha" no comitê de imprensa da Câmara e de um celular usado por uma repórter do jornal. Ontem, Curado afirmou descartar qualquer tipo de investigação sobre a "Folha" no inquérito. "Não há necessidade de protocolar o pedido de retirada das quebras de sigilo (da "Folha"). Descartamos qualquer tipo de investigação com relação ao jornal", disse ele. A Justiça Federal de Mato Grosso confirmou, por meio da assessoria, que não havia sido protocolado até as 20h de ontem nenhum pedido da PF para retirada das informações.

A ONG Repórteres Sem Fronteira, que defende a liberdade de imprensa em todo o mundo, condenou a quebra do sigilo telefônico da "Folha". "A organização avalia que o direito constitucional garantido aos jornalistas de protegerem suas fontes foi usurpado", diz a declaração.

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