O delegado da Polícia Civil Germino Marques Bonfim Filho teria usado ontem um revólver para intimidar funcionários de uma agência dos Correios em Santa Felicidade, em Curitiba. O motivo seria o atraso na entrega de correspondências. O delegado exigiu um carimbo para justificar a suposta entrega atrasada de suas contas. Germino foi detido e liberado após assinar um termo circunstanciado.
Segundo o delegado Luiz Alberto Cartaxo Moura, titular do Cope, depois que Germino saiu os funcionários deram queixa de assalto. Os PMs foram então à casa de Germino e fizeram a detenção. O Cope vai acompanhar o caso.
Segundo Cartaxo, Germino tem problemas psiquiátricos e estava afastado para tratamento médico. Agora, ele deve ser encaminhado para tratamento. Germino deve ser alvo de um inquérito da Polícia Federal, já que os Correios estão sob administração da União. Uma apuração também deve ser feita pela Corregedoria da Polícia Civil.
O advogado de Germino, Luis Gustavo Janiszewski, garante que não houve abuso de autoridade. "Em nenhum momento ele deu carteirada ou ameaçou os funcionários com a arma", explica. Segundo Janiszewski, os servidores dos Correios apenas viram a arma na cintura do delegado e houve princípio de bate-boca.
Em nota, o Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR) confirma o incidente. "[Ele] invadiu a unidade armado, reclamando aos gritos que recebeu correspondências atrasadas, e, enquanto os trabalhadores tentavam resolver a situação, ele sacou a arma, apontou para a cabeça da supervisora e exigiu que as correspondências fossem carimbadas com o datador da entrega". O sindicato também reconhece os atrasos na entrega das cartas devido à falta de pessoal. Os Correios afirmam que as entregas na unidade São Braz estão ocorrendo sem atrasos.
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