O delegado Rafael Willis, titular da 16ª DP (Barra da Tijuca), que investiga o acidente no parque Terra Encantada, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, onde uma muher de 61 anos morreu no sábado (19), quer saber se os órgãos de fiscalização tomaram alguma providência ao receberem a denúncia de um ex-funcionário sobre as falhas de manutenção nos brinquedos.
A denúncia, noticiada pelo G1, foi feita por um técnico que trabalhou no parque durante 11 anos e foi encaminhada à Defesa Civil municipal e ao Conselho Regional de Engenharia em fevereiro de 2009.
"Uma denúncia séria como essa não pode ser ignorada. É uma coisa de muita responsabilidade", afirmou o delegado nesta quarta-feira (23), enquanto aguardava a filha da vítima para prestar um novo depoimento. O engenheiro responsável pela manutenção dos brinquedos do parque também será ouvido.
Diretor de parque foi ouvidoNa tarde de terça-feira (22), Rafael Willis ouviu o diretor operacional do parque, Marcus Vinicius Santos, que prestou depoimento durante três horas. Ele estava acompanhado de um advogado. O representante da empresa que administra o parque entregou ao delegado um manual de funcionamento da montanha-russa, que foi enviado à perícia .
Ele não apresentou, no entanto, a planilha de manutenção e as alterações mecânicas feitas no equipamento.
"Essas informações vão ajudar os peritos a entenderem a complexidade desse brinquedo e complementar a perícia realizada no local. Com o laudo, que deve sair em 15 dias, e os depoimentos chegaremos a uma conclusão do que provocou o acidente que matou essa senhora", disse o delegado.
Segundo Rafael Willis, todas as pessoas responsáveis pela segurança do parque e a manutenção dos brinquedos podem responder por homicídio culposo se ficar provado que houve negligência.