Os delegados Luiz Carlos de Oliveira e Gérson Machado, titulares da Divisão de Crimes Contra o Patrimônio (DCCP) e do 6.º Distrito Policial, respectivamente, ambos em Curitiba, foram afastados de suas funções durante o período de investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná. O afastamento temporário foi anunciado pelo delegado-geral da Polícia Civil do Paraná, Marcus Vinícius Michelotto, nesta quinta-feira (4).

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Segundo o MP-PR, eles são suspeitos de participar de um esquema de extorsão investigado pela Operação Vortex e que, segundo o Gaeco, ocorria a partir de falsas fiscalizações em lojas de autopeças e ferros-velhos.

No entanto, Oliveira e Machado foram presos por posse ilegal de armas e munições - e não por investigações constantes na operação. O investigador Aleardo Righetto, do 6ºDP, também foi preso, durante a operação, por posse ilegal de arma.

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O Gaeco cumpriu, na quarta-feira, 18 mandados de busca e apreensão em residências, delegacias e até na DCCP, dentro do Departamento da Polícia Civil, no centro da capital. O delegado Walter Baruffi Júnior foi designado para assumir a DCCP e o delegado Rodrigo Brown de Oliveira será o titular do 6º DP. Baruffi Júnior trabalhava no setor de Planejamento da Polícia Civil e Brown estava no Centro de Operações Policiais Especiais (Cope).

Pedido de liberdade provisória

Os advogados de defesa dos três presos entraram com pedido de liberdade provisória ainda na quarta-feira (3). A expectativa dos defensores é de que a Justiça se manifeste nesta quinta-feira (4) ou na sexta-feira (5) e libere os dois delegados e o investigador.

Oliveira está preso no Cope, Machado foi levado para o Centro de Triagem I, em Curitiba, e Riguetto está na carceragem da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV).

O advogado Marden Esper Maues – que defende o delegado Luiz Carlos de Oliveira - classificou a suspeita de extorsão como descabida. Segundo ele, não existe nada que comprove a ligação do cliente dele ao esquema e há apenas uma "declaração fantasiosa de Gerson Machado que menciona Oliveira". O advogado disse também que Oliveira foi preso por porte de oito munições - e não de arma.

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Rafael Antônio Pellizzetti - advogado do delegado Gérson Machado e do investigador Aleardo Righetto - ressaltou que os dois foram presos por posse ilegal de arma e que não há ligação deles como o esquema de extorsão. Segundo Pellizzetti, os clientes dele não aceitaram participar do esquema de corrupção na DFRV e por isso foram transferidos daquela delegacia.