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Brasília – O DEM divulgou nota de repúdio às declarações de apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao colega venezuelano, Hugo Chávez. Na nota, o partido apresenta seis pontos para contestar o apoio de Lula ao venezuelano. Em um deles, acusa Lula de se articular nos bastidores para permanecer no poder após a conclusão de seu segundo mandato.

"Ao avalizar e tentar conferir legitimidade ao governo ditatorial de Hugo Chávez, o presidente Lula emite sinal verde a golpistas que estão urdindo emenda à Constituição para impedir a alternância de poder no Brasil, a exemplo do que foi feito na Venezuela." Segundo o DEM, as articulações de parlamentares favoráveis ao terceiro mandato de Lula são "tentativas de golpe de Estado para extinguir a democracia e o Estado de Direito com o objetivo de instalar uma ditadura no Brasil".

Na nota, o partido afirma que Lula "fez a mais grave ameaça à democracia brasileira desde que assumiu o mandato" ao defender Chávez.

A legenda repudia a aliança do governo brasileiro com o país vizinho por considerar que o diálogo "ameaça a democracia e o Estado de Direito, além de ser contrária e nociva ao povo".

Na última quarta-feira, Lula fez a defesa de Chávez ao comentar a contenda entre o venezuelano e o rei Juan Carlos, da Espanha, ocorrida no fim de semana passado durante uma reunião no Chile.

O partido afirma, na nota, que as bancadas da Câmara e do Senado vão rejeitar "toda e qualquer manobra" que possa enfraquecer o Congresso Nacional – numa referência à possibilidade de novas articulações favoráveis ao terceiro mandato de Lula.

O DEM também rejeita, na nota, a adesão da Venezuela ao Mercosul com o argumento de que o país rompeu com o sistema democrático. "O Democratas vota contra o ingresso da Venezuela no Mercosul porque o mercado comum exige a credencial democrática dos países membros, requisito que o ditador Hugo Chávez subtraiu do seu país e do seu povo", diz a nota.

Na próxima quarta-feira, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara pretende colocar em votação o projeto que ratifica a adesão da Venezuela ao Mercosul. O relator da matéria, deputado Paulo Maluf (PP-SP), já apresentou à comissão voto favorável ao ingresso da Venezuela – mas fez duras críticas a Chávez, a quem se referiu como "psicopata" e "cafajeste".

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