São Paulo A morte do senador Antônio Carlos Magalhães, a maior liderança do DEM na Bahia, não deverá enfraquecer o partido, na avaliação de destacadas figuras da legenda. Para eles, ACM, que morreu na sexta-feira, aos 79 anos, vítima de falência múltipla dos órgãos e insuficiência cardíaca, já não representava a força que movia montanhas na política. Acredita-se até que o DEM possa recuperar a influência que já teve no estado.
Figuras nacionais do DEM dizem que sua morte deixa o partido pacificado e arrumado na Bahia. Num primeiro momento, não há razões para disputas.
Ambição
O presidente regional é o ex-governador Paulo Souto, que ambicionava herdar o comando do DEM. Mas todos sabem que ACM dava força para o neto, hoje deputado federal, que pode disputar o governo em 2010.
Influência
Em princípio, Souto e ACM Neto estão acertados. ACM Neto tem influência em Salvador, onde é a maior figura do partido, embora sem grandes chances de concorrer à prefeitura, em 2008; e Souto tem expressão no interior. Se os dois souberem somar o prestígio que detêm, dizem políticos do DEM, poderão restaurar a influência do partido.
Uma importante figura do partido ressaltou que o isolamento político do DEM na Bahia era causado pelos problemas pessoais de ACM com outros políticos. Agora talvez seja possível levar o DEM para alianças inéditas.