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Brasília – A decisão do governo de jogar para frente a criação da Secretaria dos Portos começa a deixar impacientes os parlamentares do PSB. "Os ânimos estão fervilhando", disse ontem o vice-líder do governo na Câmara Beto Albuquerque (PSB-RS).

A secretaria foi a saída encontrada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para dar mais um cargo do primeiro escalão aos socialistas, que perderam para o PMDB o Ministério da Integração Nacional. Mas até agora nada. E pior. A idéia provocou uma rebelião no PR, partido do ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, que perderia uma área importante de sua pasta.

Diante da crise entre os aliados, o governo deixou a secretaria em banho-maria.

"Ninguém mais lembra disso, (a orientação) é deixar como está. Ninguém mais fala disso", disse um líder governista, não-socialista, ao ser questionado sobre a nova secretaria.

"Acho que o tema, por ora, está totalmente stand by, eu diria que é inexistente no governo", reclamou Beto Albuquerque. "A bancada na Câmara e no Senado está inquieta O tratamento do governo (ao PSB) não está à altura da relação que o partido tem com o governo, nem da nossa representação, com 30 deputados, três senadores e três governadores", afirmou o vice-líder. O partido espera que tudo esteja definido logo.

Aliado histórico do PT, o PSB não ficou satisfeito com a reforma ministerial, por ter ficado apenas com o Ministério da Ciência e Tecnologia.

Desde o início do segundo mandato do presidente Lula, os socialistas têm prometido fidelidade ao governo, mas insistido na tese de um "projeto de poder" para 2010, o que pode ser interpretado como a possível candidatura do ex-ministro da Integração Nacional e hoje deputado Ciro Gomes (PSB-CE) à presidência da República.

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