O número de casos confirmados de dengue aumentou 34% no Paraná. O boletim epidemiológico divulgado nesta terça-feira (15) pela Secretaria do Estado da Saúde (Sesa) mostra que 67% dos municípios paranaenses confirmaram casos da doença. São 14.275 casos em 271 cidades do estado – 88,4% destes casos são autóctones, isto é, quando o paciente é contaminado pela doença no próprio município em que vive. A maior incidência de casos está em Paranaguá, no litoral do estado. São mais de 8.300 casos notificados e 3.160 confirmações.
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A Sesa também confirmou quatro mortes por dengue, três Paranaguá e uma em Maringá. O número de óbitos no Paraná chega a 19 – 14 em Paranaguá, duas em Foz do Iguaçu, uma em Curitiba, uma em Antonina e uma em Maringá. Seis outros casos ainda estão em investigação.
O número de municípios com epidemia de dengue também aumentou - passou de 30 na semana passada para 31. Agora, Santa Cecília do Pavão, no Norte Pioneiro, também está em situação epidêmica. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), localidades que apresentam 300 casos em 100 mil habitantes enfrentam epidemias. Outros 34 municípios entraram em estado de alerta – quando a localidade apresenta em 100 e 300 casos para 100 mil habitantes.
Zika e chikungunya
Os números de casos de zika e chikungunya também aumentaram. O total de pacientes com zika chegou a 129 - 71 deles autóctones e 58 importados, quando a pessoa viajou para algum local que tenha circulação do vírus. De acordo com o técnico da Sesa, Ronaldo Trevisan, o número de cidades infectadas com o zika vírus preocupa. Hoje, 28 municípios do Norte ao Sul do Paraná têm casos autóctones da doença.
“Existindo uma pessoa com o vírus e um mosquito, é possível que exista casos autóctones. Por isso, é preciso evitar criadouros do Aedes aegypti, para evitar não só a dengue, mas zika e chikungunya”, disse. Para Trevisan, é preciso combater o mosquito para combater as doenças. “Não podemos esperar que crianças nasçam com microcefalia para agir. É preciso combater o mosquito”, afirmou.
Curva epidemiológica
De acordo com a Sesa, historicamente, o número de casos de dengue deve começar a cair entre março e abril, mas ainda é cedo para afirmar se, desta vez, o ápice de pessoas infectadas pelo Aedes está próximo. “Normalmente, com o final de verão, o número de casos começa a diminuir. Porém, ainda é cedo para afirmar, pois os casos estão crescendo semana a semana”, disse Trevisan.
Para o técnico da Sesa, mesmo com a possibilidade do declínio da curva epidemiológica, a população deve continuar seguindo as orientações da secretaria - buscar um posto de saúde se sentir os primeiros sintomas de uma das três doenças, manter o cuidado com a limpeza e evitar água parada a qualquer custo. “A maioria dos criadouros são artificiais, isto é, lixo que poderia ser reciclado e que está nos quintais e na rua. Cada um precisa fazer a sua parte”, afirmou.
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