A defesa da ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Denise Abreu, reagiu nesta sexta-feira (14) à possibilidade de ela ser responsabilizada criminalmente pelo acidente com o Airbus A320 da TAM, em julho de 2007, no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. "Seria um absurdo jurídico", afirmou o advogado de Denise Roberto Podval, em nota. "Não há qualquer nexo ou ligação de causa e efeito entre o trágico acidente e a atuação de Denise Abreu no colegiado que dirigia a Anac."
Podval destaca ainda o fato de que outros quatro diretores atuavam ao lado de Denise, "sob o comando do presidente Milton Zuanazzi". "O acidente não teria ocorrido se os manetes do avião estivessem na posição correta", destacou a nota.
Denise era diretora da agência quando o avião da TAM varou a pista do Aeroporto de Congonhas e se chocou contra um prédio da empresa, matando 199 pessoas. O relatório final da investigação do acidente foi entregue na quarta-feira à direção do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap). Reportagem publicada hoje pelo jornal O Estado de S. Paulo indica que dez altos funcionários e integrantes da cúpula da Anac na época do acidente devem ser enquadrados por atentado contra a segurança de transporte aéreo.
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