Reincidência
O assalto ao carro da dentista Maria Teresa Ferreira, de 43 anos, é muito parecido ao que ocorreu no Rio de Janeiro, no último dia 7 de fevereiro, quando morreu João Hélio Fernandes, de 6 anos. Relembre o caso:
No dia 7 de fevereiro a comerciante Rosa Cristina Fernandes Vieites, 41 anos, voltava de um culto de um centro esprírita com seus filhos João Hélio e Aline.
A família foi abordada por dois bandidos em um sinal de trânsito. Rosa e Aline foram retiradas do carro, mas João Hélio ficou pendurado do lado de fora, preso pelo cinto de segurança do carro.
O corpo foi arrastado por sete quilômetros, passando por 14 ruas e cruzando quatro bairros. A fuga durou cerca de 15 minutos, quando o carro foi abandonado. Um motociclista chegou a seguir o carro, mas desistiu depois de ter sido ameaçado. Durante o percurso, o menino teve cabeça dilacerada e seu corpo passou várias vezes por debaixo da roda traseira do carro.
No dia seguinte, três suspeitos foram presos. Dois são acusados de participação direta no crime: Diego Nascimento Silva, 18 anos, e um adolescente de 16 anos. Um foi liberado. Diego deverá ser indiciado por latrocínio (roubo seguido de morte) e poderá ser condenado a até 30 anos de cadeia. Já o menor de 16 anos será enquadrado no Estatuto da Criança e do Adolescente, e cumprirá medida socioeducativa.
Porto Alegre Uma dentista de Porto Alegre foi arrastada por cerca de 20 metros, agarrada a seu carro, por dois adolescentes que a abordaram e tentaram levar o veículo com seu filho de 8 anos no banco traseiro. Maria Teresa Ferreira, 43 anos, estava parada, terça-feira, às 13 horas, em um semáforo em um dos cruzamentos mais movimentados da capital gaúcha Avenida Protásio Alves com Avenida Antônio de Carvalho.
Ela levava seus filhos o menino e uma menina de 6 anos à escola quando foi abordada por dois assaltantes, de 12 e 16 anos. Um deles tinha um revólver, que depois a polícia descobriu ser de brinquedo.
"Eles apontaram a arma para a minha cabeça pela janela do carro e me mandaram descer. Pedi para me deixarem pegar as crianças. Elas estavam no banco de trás, presas aos cintos de segurança", disse Maria Teresa. A dentista conseguiu retirar a filha e colocá-la no meio da rua. Quanto tentava pegar o menino, os criminosos arrancaram com o carro.
"Segurei em algum lugar, me deu um desespero. Não sei se foi no banco ou na porta. Fiquei firme por alguns segundos, mas caí no chão. Poderia ter sido atropelada", afirmou ela.
Os dois adolescentes percorreram alguns metros mais antes que o carro da dentista um Fiesta "morresse". Maria Teresa então se levantou, correu até o veículo e conseguiu resgatar o filho.
Prisão
Um policial que abastecia o carro em um posto de combustíveis próximo percebeu a movimentação e tentou pegar os assaltantes, que correram.
O policial foi então ajudar Maria Teresa e os filhos, com a ajuda dos funcionários de uma loja próxima. "Eu estava em pânico e as pessoas tentaram me acalmar", contou a dentista.
Ao tentarem escapar a pé, os dois ladrões foram retidos por pessoas que aguardavam em um ponto de ônibus próximo.
Um policial que passava de moto prendeu os adolescentes antes que fossem linchados.
Os dois assaltantes foram encaminhados à Fundação de Atendimento Socioeducativo do Estado (ex-Febem).
A dentista teve apenas um machucado na perna e no pé direito e escoriações leves nas costas e nos braços.
Adepta do uso de cinto de segurança em crianças, Maria Teresa disse que irá repensar a utilização do acessório.
"Se eles (as duas crianças) estivessem sem o cinto, teria sido mais fácil pegá-los ou até mesmo eles saírem por conta própria do carro", disse.
A dentista afirmou que continuará levando e buscando os filhos na escola, mas levou o seu carro hoje a uma oficina para instalar película escura nos vidros do veículo. "Pelo menos dá a sensação de mais segurança", afirmou Maria Teresa.
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