Cascavel Vinte guardas municipais prestaram queixa na manhã de ontem na Promotoria de Investigação Criminal (PIC) contra o comando da corporação em Cascavel. No domingo eles já tinham registrado a ocorrência na Polícia Civil. Os agentes reclamam de pressão psicológica, excesso de trabalho e agressões físicas por parte do diretor da Guarda Municipal, Álvaro Gonçalves. O secretário de Segurança do município, Paulo Porto, afastou ontem o diretor da corporação e a diretora da secretaria, Juscelísias de Araújo Tomé, irmã do prefeito Lísias de Araújo Tomé (PPS).
A Guarda Municipal iniciou as atividades em Cascavel no fim do ano passado e já enfrenta uma grave crise. O estopim foi uma suposta agressão ocorrida na noite de sábado, quando os agentes Paulo de Oliveira e Wando Morais de Oliveira Branco trabalhavam na Central de Atendimento da Guarda Municipal. Segundo Branco, o diretor Álvaro Gonçalves chegou ao local, armado com uma pistola de uso restrito das Forças Armadas, e passou a agredi-lo verbal e fisicamente.
Na manhã de domingo, 20 dos 36 agentes que compõem a Guarda em Cascavel registraram boletim de ocorrência contra o diretor da corporação e a diretora da Secretaria Municipal de Segurança. O agente Wando de Oliveira Branco fez exames na manhã de ontem no Instituto Médico Legal (IML) local. Segundo ele, Álvaro Gonçalves aparentava sintomas de embriaguez na noite de sábado. O acusado admitiu o atrito com o agente, mas negou a agressão física.
"Se houve abuso, os culpados deverão ser punidos", afirmou o secretário municipal de Segurança, Paulo Porto, que determinou a abertura de uma sindicância interna para averiguar as denúncias. Em nota oficial divulgada ontem pela prefeitura, Porto disse que tem autonomia para restabelecer a hierarquia na Guarda Municipal. "Foi um problema pontual e específico, que já foi solucionado. A situação em nada comprometerá os serviços e a Guarda Municipal", afirmou o secretário em nota oficial.
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