Movimentos de defesa dos direitos de gays, lésbicas, bissexuais e travestis (GBLT) farão no próximo mês uma campanha para conscientizar as vítimas de agressões sobre a importância de denunciar os casos à polícia. De acordo com o presidente do Centro Paranaense de Cidadania (Cepac), Igo Martini, a maioria das ocorrências deixa de ser registrada pelo medo das vítimas. "Além dos skinheads, são constantes os casos de jovens que de dentro de carros em movimento jogam pedras, ovos ou bolas de borracha contra travestis nas ruas, por exemplo", cita Martini.
Sem denúncias, aponta o presidente do Cepac, não há como cobrar soluções do poder público. "A polícia não tem como investigar os casos se não houver denúncia." Portanto, a orientação é de que primeiro o agredido procure o Centro de Referência João Antônio Mascarenhas, de apoio a homossexuais e travestis vítimas de violência e discriminação, que vai indicar um advogado para acompanhá-lo à delegacia. O promotor de Justiça Marcos Fowler, coordenador do Centro Operacional das Promotorias de Direitos Constitucionais do Ministério Público, ressalta que sem as denúncias não há como planejar uma ação coordenada de segurança para este público. "Inclusive por causa desta falta de denúncia muitos agressores são reincidentes, pois se sentem impunes", aponta o promotor.
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Serviço
Homossexuais e travestis vítimas de agressões e discriminações podem procurar o Centro de Referência João Antônio Mascarenhas, que presta assessoria social, jurídica e psicológica gratuita. O telefone é (41) 3222-3999, ramal 23. Ou na Avenida Marechal Floriano Peixoto, 366, conjunto 43, Centro de Curitiba. As denúncias são sigilosas.
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