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O depoimento de um presidiário que cumpre pena na penitenciária federal de segurança máxima de Catanduvas, no Oeste do Paraná, vai custar pelo menos R$ 30 mil aos cofres públicos. A audiência do detento, que não teve o nome revelado pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen), foi realizada nesta terça-feira à tarde em São Paulo. A operação montada para o transporte mobilizou cerca de 30 policiais federais, agentes penitenciários e policiais rodoviários federais.

O preso embarcou por volta das 10 horas no aeroporto municipal de Cascavel, em um avião da Força Aérea Brasileira. A aeronave, um Bandeirantes EMB-110, foi deslocada exclusivamente para o transporte do criminoso. Após o depoimento, estava previsto o retorno a Catanduvas. Os gastos com o transporte aéreo seriam evitados se o Ministério da Justiça tivesse instalado o sistema de videoconferência no presídio.

Atualmente alguns presos de outros estados estão sendo ouvidos por meio de carta precatória enviada à Comarca de Catanduvas. O sistema de videoconferência à distância está no projeto do Depen, mas até agora não foi instalado e não há prazo para que isso aconteça. A medida evitaria gastos desnecessários e evitaria riscos durante deslocamentos para audiências fora do Paraná.

Viagem cara

A reportagem apurou junto a uma empresa de táxi aéreo de Cascavel que o transporte do preso pode ter custado R$ 30 mil. Segundo a empresa, a aeronave usada no transporte custa, em média, R$ 18 por quilômetro rodado. Entre Cascavel e São Paulo são 750 quilômetros, ou seja, 1,5 mil quilômetros de ida e volta, o que resultaria de uma despesa de aproximadamente R$ 27 mil, somada a taxas que podem chegar a cerca de R$ 3 mil. Um trabalhador que ganha um salário mínimo teria de trabalhar sete anos para receber o que foi gasto na operação.

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