Pais contam que os estudantes ainda estão muito abalados pela tragédia
Os pais dos alunos do Colégio Estadual Santos Dumont, da cidade de Cascavel, Oeste do estado, querem que todos os estudantes sejam revistados antes de entrarem na escola. O medo é que se repita a tragédia ocorrida na sexta-feira (2), quando uma aluna de 14 anos foi baleada por um colega e morreu dentro da sala de aula. As atividades no colégio foram retomadas nesta segunda-feira (5) com atendimento psicológico, mas as aulas só recomeçam na quarta-feira (7).
Em entrevista ao telejornal ParanáTV 1ª edição, os pais pediram reforço da segurança na porta do colégio para evitar que os estudantes entrem armados. "Eu faço questão da revista das bolsas no portão da escola", disse a mãe de um aluno, que não quis mostrar o rosto. Outra mãe conta que a filha está abalada e não consegue dormir. "Todos os pais acreditam que a escola seja uma lugar tranquilo e este episódio colocou isso por água a baixo", disse a diretora Elza Dolores Nichetti.
As atividades na escola foram retomadas com acompanhamento psicológico para os professores. Na terça-feira (6) será a vez dos estudantes passarem pelo atendimento com psicólogos. As aulas só recomeçam na quarta-feira (7). Segundo a psicóloga Ivete Pellizzetti, o estresse pós-traumático dura em torno de um mês. "Estaremos fazendo um trabalho mais intenso no começo e depois ficaremos a disposição", afirmou.
A tragédia
Daniele Moreira de Assis foi atingida na cabeça por um tiro que partiu de uma arma que estava com um colega de 15 anos. Ele contou à polícia que o revólver calibre 38 estava dentro de sua bolsa e ao manusear a arma ocorreu o disparo. O tiro atravessou a cabeça da vítima e ainda atingiu o quadro. Uma funcionária da escola ouvida pela reportagem contou que, no momento do disparo, a professora de física estava de costas para a turma, passando a matéria no quadro negro.
A funcionária disse que o aluno foi transferido do Colégio Estadual Santa Cruz, em um bairro próximo, para o Santos Dumont há cerca de duas semanas. Ele se sentava na última carteira da fila mais à direita da sala de aula, que tinha cerca de 30 estudantes da oitava série. Depois do disparo, o estudante jogou o revólver a cerca de cem metros da escola. De acordo com a PM, a arma tinha seis cartuchos, sendo um deles deflagrado. Ameaça
A própria família do adolescente decidiu entregá-lo à polícia. O tio do rapaz contou que há algum tempo ele vinha recebendo ameaças de uma gangue da região. No dia 21 de agosto, o irmão mais velho do adolescente, de 19 anos, foi morto com um tiro no peito na tentativa de defender o mais novo. Desde então o rapaz teria começado a andar armado. Ele contou à polícia que conseguiu o revólver com um amigo. O adolescente foi encaminhado para um centro para menores infratores.
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