O governo do Paraná prometeu R$ 319 milhões para investimentos em obras emergenciais na PR-323, local onde um acidente entre um ônibus e um caminhão matou 21 pessoas no fim de outubro. O anúncio foi feito em uma entrevista coletiva em Umuarama, no Noroeste, com o secretário estadual de Infraestrutura, José Richa Filho, e o chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni. A dupla chamou a verba de “uma raspa do tacho”, que será usada para obras de restauração no trecho de 220 quilômetros entre Maringá e Francisco Alves. As obras devem começar ainda este ano, no trecho entre Cianorte e Maringá.
Para as obras emergenciais, foram garantidos R$ 10 milhões a serem investidos ainda em 2016. Até março de 2017, está prevista a aplicação de mais R$ 36 milhões na rodovia. Richa Filho garante que será uma restauração completa da pista. Ainda para 2017 estão previstos os projetos de duplicações de pequenos trechos da rodovia nos perímetros urbanos de Umuarama e Cianorte, além de terceiras faixas em pontos críticos que ainda serão definidos.
Rossoni garante que a duplicação completa da rodovia vai depender de concessão à iniciativa privada, mas a restauração e os investimentos que serão feitos a partir de agora, poderão ser abatidos quando houver a concessão da pista.
Acidente e obras na rodovia
A reunião da equipe do governo estadual – que ainda era composta pelo diretor do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Nelson Leal Filho, e o secretário de comunicação, Márcio Villela – seria apenas com a imprensa, mas dezenas de lideranças locais e regionais lotaram o auditório da Amerios (Associação de Municípios), para ouvir o anúncio das melhorias na rodovia. Prefeitos, vereadores e empresários da região estavam no local, já que essas obras ganharam mais importância e urgência depois do acidente no trecho entre Iporã e Cafezal do Sul.
Uma colisão entre um ônibus com pacientes da cidade de Altônia e um caminhão carregado de leite deixou 21 pessoas mortas – 20 vítimas morreram no local do acidente e uma no hospital, dias após a batida. Um laudo da Polícia Científica indicou que o caminhão invadiu a pista contrária e ocasionou o acidente. O motorista do caminhão morreu na colisão.
Apesar deste acidente, a rodovia já era a estrada estadual com mais vítimas fatais: no trecho de 220 quilômetros entre Maringá e Iporã ocorrem mais de 500 acidentes por ano, segundo a Polícia Rodoviária Estadual (PRE). Apontada como uma das rodovias cruciais para o estado, a PR-323 esteve perto de ser duplicada. Uma licitação para a concessão da rodovia foi realizada em 2014, mas uma série de entraves impediu a obra de ser realizada. O governo estadual decidiu, então, cancelar a concorrência.
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