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Saúde

Depois de fazer assembleia, hospital decide voltar

Atendimento em unidade de saúde: postos ficaram responsáveis por fazer triagem de pacientes que irão a hospitais | Gilberto Abelha/Jornal de Londrina
Atendimento em unidade de saúde: postos ficaram responsáveis por fazer triagem de pacientes que irão a hospitais (Foto: Gilberto Abelha/Jornal de Londrina)

Os hospitais que estavam com os prontos-socorros parados em Londrina fizeram ontem assembleias para decidir se aceitavam a proposta da prefeitura e retomar o atendimento. Até o fechamento desta edição, apenas o Hospital do Câncer havia anunciado a volta ao trabalho para hoje. Os hospitais Evangélico, Santa Casa e Ortopédico devem continuar a paralisação.

O Hospital Ortopédico, último a entrar no protesto, fechou no sábado o pronto-socorro destinado aos pacientes do SUS. A entidade realiza, em média, 3 mil atendimentos de serviço de emergência e urgência e consultas. O diretor do hospital, Paulo Marcel Yoshii, afirmou que o motivo da paralisação é o mesmo alegado pelos demais hospitais que interromperam o atendimento na sexta-feira: a suspensão do pagamento dos adicionais para os médicos que fazem plantão a distância. Ele informou que dez profissionais recebiam esse incentivo.

Como é um hospital particular, a prefeitura informou, no dia 9 de novembro, que o contrato com o Ortopédico estava suspenso. Na ocasião, o secretário municipal de Gestão Pública, Marco Cito, afirmou que o repasse para entidades particulares era "ainda mais ilegal do que para os hospitais filantrópicos". Yoshii se mostrou preocupado com esse posicionamento da prefeitura e tenta agendar uma reunião com a secretaria municipal da Saúde para negociar.

"Tínhamos um contrato com a prefeitura para a realização dos atendimentos. Como somos um hospital pequeno, com a suspensão dos repasses não encontramos uma forma de pagar os médicos. Estamos tentando abrir um canal de negociação com a administração. Na semana passada, já tentamos agendar uma reunião na secretaria de Saúde, mas não fomos atendidos", disse.

Segundo o diretor do Ortopé­dico, somente o PS do SUS está fechado. O pronto-socorro que atende convênio e particular está funcionando normalmente.

Públicos

Com o fechamento dos prontos-socorros, a demanda de atendimento dos pacientes do SUS está sendo encaminhada pa­­ra os hospitais públicos. Segundo a assessoria de imprensa do Hos­pital Universitário (HU), o fluxo no atendimento era tranquilo na manhã de ontem.

A assessoria informou que ontem havia 51 pessoas internadas no pronto-socorro, que tem capacidade para 48 pacientes. De acordo com o hospital, o atendimento também foi tranquilo durante o fim de semana, com uma média de 54 pacientes internados.

No Hospital da Zona Norte (HZN) a direção também avaliou como tranquila a situação na unidade. A diretora-clínica do hospital, Vera Lúcia Marvulle, disse que havia cinco pacientes internados nos sete leitos disponíveis para internação. De acordo com ela, a "tranquilidade" está ocorrendo porque o hospital só está recebendo pessoas encaminhadas pelos serviços de emergência e pelas Unidades Básicas de Saúde.

"O fluxo está mais tranquilo do que em dias normais, pois deixamos de atender as pessoas que vinham diretamente ao hospital. Só estamos atendendo os pacientes que venham encaminhados, que é o que deve ocorrer. Nos organizamos e criamos uma comissão para fazer uma avaliação de risco e a triagem dos pacientes. A nossa intenção é que se mantenha esse fluxo depois que o impasse acabar", afirmou.

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