Reação
Serra confirma que poderá haver demissão
São José dos Campos (SP) O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), confirmou que haverá demissões de funcionários do Metrô por conta da greve. "Poderá sim haver demissões, sem dúvida nenhuma, e eu não descarto isso", disse. Para ele, a paralisação foi abusiva. "É uma greve abusiva, é uma greve política que está castigando a classe trabalhadora de São Paulo".
Ele lembrou que o Metrô se mobilizou para atenuar os efeitos da greve, se referindo à contratação emergencial de funcionários. "Vamos fazer isso cada vez mais no futuro e vamos tomar medidas duras para assegurar que esse fato não se repita mais."
São Paulo Depois de dois dias seguidos de paralisação, em que 2,4 milhões de paulistanos foram prejudicados, os metroviários decidiram voltar ao trabalho. A decisão foi tomada em assembléia às 19 h de ontem, quatro horas depois de o Tribunal Regional do Trabalho julgar a greve abusiva e condenar o sindicato a pagar multa de R$ 200 mil.
Antes da retomada dos trabalhos, porém, o usuário enfrentou filas e aperto para ir e voltar para casa. Os trens do metrô, como no dia anterior, circularam com apenas 60% da frota, operando em toda linha 1azul (Tucuruvi-Jabaquara) e em parte da linha 2-verde, no trecho entre Ana Rosa e Clínicas. As composições eram pilotadas por supervisores e ex-maquinistas.
Cerca de 3 milhões de pessoas circulam por dia pelo sistema a Companhia do Metrô estima em 600 mil o número de pessoas transportadas em cada dia de paralisação. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) mediu 153 km de congestionamento às 9h30.
Negociação
Pela manhã, o secretário de Negócios Metropolitanos, José Luiz Portella, admitia a retomada das negociações, desde que os metroviários voltassem ao trabalho. A categoria, por sua vez, culpava o estado pelo impasse eles admitiam trabalhar desde que as catracas das estações fossem liberadas.
Às 15 h, a greve foi julgada e condenada pelo TRT-SP por descumprir a determinação de manter 85% da frota em circulação nos horários de pico e de 60% nos demais horários.
Pelos dois dias de paralisação, o sindicato deve pagar R$ 200 mil dinheiro que será doado para instituições de saúde.
Os dois dias de greve trouxeram prejuízo direto de pelo menos R$ 19 milhões para os paulistanos. O cálculo, feito a partir do último balanço do Metrô, de 2005, leva em conta a economia que esse sistema de transporte traz para a cidade com a redução nos tempos de viagem dos passageiros, no consumo de combustível, na emissão de poluentes, no custo operacional de ônibus e automóveis e no número de acidentes.
Prejuízo recorde ressalta uso político e má gestão das empresas estatais sob Lula 3
Moraes enfrenta dilema com convite de Trump a Bolsonaro, e enrolação pode ser recurso
Carta sobre inflação é mau começo para Galípolo no BC
Como obsessão woke e negligência contribuíram para que o fogo se alastrasse na Califórnia
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora