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Adaptação

Depois de quase quatro meses, população tenta se adaptar ao horário novamente

O fim do horário de verão, quando se atrasa o relógio em uma hora, pode confundir tanto quanto o início. O caso do economista Eduardo Ferreira, de Brasília, é um exemplo. Mesmo acertando os ponteiros, ele se levantou no mesmo horário que se acostumou a levantar no horário de verão. E, assim, não usou a hora de sono a mais que poderia ter usufruido com a mudança de horário.

Mesmo sendo domingo, acabei acordando s 7h da manhã, reclamou o economista Eduardo Ferreira, que aproveitou a hora a mais de sua manhã para ir ao Parque da Cidade e fazer uma caminhada. O parque é uma opção de lazer e esporte gratuito para a população brasiliense.

Como Eduardo, muitos brasileiros que vivem nas regiões nas quais durante 112 dias os relógios foram adiantados em uma hora terão que se adaptar novamente. O economista acorda cedo para trabalhar e está cursando um segundo curso de graduação no período noturno. O fim do horário de verão para ele representa muito.

Acordar uma hora mais cedo parece pouco, mas é muito desconfortável. O corpo leva pelo menos duas semanas para se adaptar. Queria mesmo ter certeza que esse sacrifício realmente resultou em uma economia importante de energia, disse. No meu caso, como realizo as atividades que dependem de energia fora dos horários de pico, acredito que não economizei tanto, destacou.

O horário de verão vigorou nos estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste - Rio de Janeiro, Espírito Santo, São Paulo, Minas Gerais, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

De acordo com informações do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a redução da demanda de energia no horário de ponta, entre 19h e 22h, durante os 112 dias do horário de verão, na média das três regiões, foi de 4%. O resultado atendeu s expectativas do Ministério de Minas e Energia, que previu uma redução no período entre 4% e 5%.

O percentual economizado nos horários de pico corresponde a uma economia de quase 2.000 megawatts (MW), o equivalente a três vezes a demanda de Belo Horizonte, por exemplo. Já a redução durante as 24 horas de cada um dos 112 dias de horário de verão foi de 0,5%.

O funcionário público Mário Correia acredita a economia de energia com o horário de verão vale a pena. Do ponto de vista econômico, vale a pena. Acho que os efeitos para a saúde são mais sentidos pelas pessoas que possuem uma vida mais estressada Quem tem horários mais regulares e um cotidiano mais tranqüilo acaba se acostumando mais rápido e não sentindo tanto, considerou.

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