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Os servidores do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) decidiram em assembleia, na manhã desta terça-feira (28), encerrar a greve e voltar ao trabalho na próxima segunda-feira (4). Depois de quase seis meses de paralisação, as negociações entre governo e grevistas tiveram poucos avanços e os trabalhadores não alcançaram nenhuma das reivindicações que fizeram.

Segundo Gilberto Félix, membro do Comando Estadual de Greve, a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Paraná será notificada na quinta-feira (30) sobre a decisão dos servidores de voltar ao trabalho. "Tivemos uma vitória parcial, juridicamente falando, mas essa greve foi uma derrota política muito séria do movimento. Fomos ignorados pelo governo", afirma Félix.

A reportagem da Gazeta do Povo entrou em contato com a Superintendência do MTE no estado para ter um balanço dos serviços que deixaram de ser prestados neste período, mas foi informada que os dados não poderiam ser repassados ainda nesta terça-feira.

Vitória judicial

O Superior Tribunal de Justiça (STJ)havia julgado o movimento grevista legal na última semana. A justiça determinou que os servidores, que estão em greve desde abril, compensem os dias que não foram trabalhados, mas recebidos. Caso os servidores não aceitem ou não possam fazer a compensação horária, os dias parados devem ser descontados de seus salários, respeitando um limite de 10% da remuneração mensal.

Reivindicações dos trabalhadores

Os grevistas exigiam a criação de um plano de carreira específico para os servidores do MTE, para que haja equiparação salarial com os trabalhadores do INSS. Os servidores também querem melhorias nas condições de trabalho e uma jornada de trabalho de 12 horas, em dois turnos de seis horas.

Essa greve era considerada uma continuação da paralisação que foi iniciada em 5 de novembro de 2009 e encerrada em 15 de dezembro de 2009.. Os trabalhadores voltaram às atividades enquanto as negociações com o governo seguiam. Como não houve acordo, uma nova paralisação foi iniciada no dia 5 de abril.

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