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Metrocard: empresa de bilhetagem é das próprias empresas de ônibus de Curitiba e região | Reprodução
Metrocard: empresa de bilhetagem é das próprias empresas de ônibus de Curitiba e região| Foto: Reprodução
  • Folheto distribuído para os passageiros das linhas metropolitanas integradas informa sobre a mudança no cartão-transporte a partir de sábado (14)

Os passageiros que usam os ônibus das linhas metropolitanas integradas foram surpreendidos nesta quarta-feira (11) com um folheto que informa sobre mudanças no vale-transporte do sistema a partir de sábado (14). Segundo o informativo, por causa do processo de separação tarifária entre as linhas urbanas, geridas pela Urbs (prefeitura de Curitiba), e as metropolitanas integradas, que são de responsabilidade da Comec (governo do estado), o vale transporte será diferente para os dois sistemas, sem que isso comprometa a integração. A bilhetagem eletrônica dessas linhas ficará a cargo da Metrocard, empresa que faz o mesmo serviço para as linhas metropolitanas não integradas e é de propriedade das empresas de ônibus.

Para o período de transição, os usuários das linhas metropolitanas integradas devem adquirir um vale transporte de papel ou pagar em dinheiro. Ônibus, estações tubo e terminais identificados com "M" só aceitarão o pagamento dessa forma. Em São José dos Pinahsi, poderá ser usado o cartão Vem, que é a bilhetagem do município. Esse vale transporte de papel poderá ser adquirido a partir desta quarta-feira (11), na sede da Metrocard, que fica no centro de Curitiba. Como é um instrumento temporário, estará impresso em cada vale o seu data de validade. Quem adquiriu créditos do cartão-transporte via Urbs ou recebe o benefício no trabalho não poderá usar o cartão nessas linhas metropolitanas.

Ainda de acordo com o folheto, algumas linhas sofrerão alterações de trajeto, o que será informado com antecedência pela Comec e empresas. A Comec informou, via nota, que a partir de sábado, haverá alteração no local de integração de quatro linhas Ligeirinho metropolitanas integradas. A linha Colombo-CIC terá seu ponto de integração no terminal do Cabral. O ponto de integração do Ligeirinho Araucária-Curitiba passará a ser o terminal do Capão Raso. Passageiros da linha São José-Barreirinha terão como ponto de integração o terminal do Boqueirão. E a linha Campo Largo-Curitiba terá como ponto de integração o terminal do Campina do Siqueira. Não há informação sobre outras linhas.

"A mudança exigirá um período de adaptação, mas temos que adotar esse novo modelo por conta da decisão de Curitiba, de acabar com a integração financeira", afirma o presidente da Comec, Omar Akel, em nota. Ele também explica que a gestão financeira da rede metropolitana foi assumida pela Comec, que está se adaptando e promovendo adequações ao sistema com objetivo de garantir a integração e o valor da passagem.

Para as linhas metropolitanas não integradas não haverá qualquer alteração.

A reportagem tentou contato com a Metrocard, no telefone informado no folheto e site, mas não obteve sucesso.

Bilhetagem

Essa mudança para a Metrocard vai colocar o serviço de bilhetagem eletrônica de todas as linhas metropolitanas – integradas ou não – na mão das empresas de ônibus. A Metrocard é de propriedade dessas empresas, que já fazem a gestão da bilhetagem nas metropolitanas não integradas. Dessa forma, todo o dinheiro que é arrecadado com a venda de passagens já cai diretamente na conta das empresas, sem passar pelo poder público, como ocorre no sistema gerido pela Urbs. Em Curitiba, os valores arrecadados pelo cartão-transporte vão para o Fundo de Urbanização de Curitiba (FUC) e depois são repassados para as empresas.

A tecnologia implantada no sistema de bilhetagem é apresentada no site como "uma das mais modernas existentes no Brasil" e é fornecida pela Dataprom, mesma empresa que desenvolveu o sistema adotado pela Urbs, e que era alvo constante de reclamações por parte das operadoras de ônibus.

Sem informação

As empresas de ônibus declararam que não determinam mudanças nas linhas, o que ficaria a cargo da Comec ou Urbs, dependendo do sistema. Esse seria um assunto individual das empresas metropolitanas com a Comec e o Setransp, sindicato dessas empresas, não teria participação. Já a Urbs disse que não foi informada oficialmente sobre a mudança e não se pronunciaria sobre o assunto.

Por meio de nota, o Sindimoc, sindicato que representa motoristas e cobradores do sistema, afirma que já houve corte em aproximadamente 50 linhas metropolitanas, ainda que a medida não seja oficial. O sindicato também afirma que há boatos de corte de pessoal nas empresas metropolitanas e mudanças no vale-transporte de motoristas e cobradores.

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