Porto Alegre O candidato a presidente da Câmara Arlindo Chinaglia (PT-SP) anunciou ontem, em Porto Alegre, que o próximo passo da campanha agora será o PSDB. Chinaglia estabeleceu como meta seguinte a conquista do apoio dos parlamentares tucanos.
"O principal passo agora chama-se PSDB", anunciou, ao chegar para um encontro com a bancada federal do Rio Grande do Sul. A negociação inclui a oferta da uma vice-presidência da mesa diretora da Câmara, de acordo com o porcentual de cadeiras que cada partido tem na casa.
Ao falar aos 17 deputados do PT, PMDB, PSDB, PTB e PP que participaram da reunião, Chinaglia destacou que a composição da chapa levará em conta o princípio da proporcionalidade, priorizando a lealdade às legendas. Também propôs um encontro público com os tucanos para assumir compromissos e deixar claro que está disposto a respeitar a oposição se ganhar a disputa.
Os três deputados federais eleitos do PSDB gaúcho gostaram do que ouviram. Um deles, Júlio Redecker, disse que a sigla está disposta ao acordo e deve apontar o deputado Nárcio Rodrigues (PSDB- MG) para a vice-presidência. Mas ressalvou que a decisão cabe à bancada federal da agremiação e ainda não está tomada.
Favoritismo
Depois de receber a adesão da bancada do PMDB terça-feira, Chinaglia afirmou acreditar que cresceram as chances de derrotar Aldo Rebelo (PC do B-SP), candidato à reeleição. "Isso faz a minha candidatura favorita, mas não me dá autoridade para dizer que o presidente Aldo deva retirar sua candidatura", afirmou.
Entre os participantes do encontro, alguns manifestaram a esperança de que a eleição tenha apenas um concorrente. "A Câmara está voltando ao seu leito natural, que é a eleição do presidente pelas grandes bancadas e aberta a todas as bancadas", afirmou o deputado Íbsen Pinheiro (PMDB-RS).
Um cálculo da deputada Maria do Rosário (PT-RS) indica que o Chinaglia terá pelo menos 20 dos 31 votos da bancada gaúcha.
