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A deputada Ana Campagnolo foi trabalhar nessa terça-feira (19) acompanhada das duas filhas, mas foi insultada e ameaçada por militantes
A deputada Ana Campagnolo foi trabalhar nessa terça-feira (19) acompanhada das duas filhas, mas foi insultada e ameaçada por militantes| Foto: Vicente Schmitt / Agência AL

Com ameaças e gritos de “fascista” e “conselho tutelar”, militantes insultaram a deputada Ana Campagnolo (PL-SC) e suas duas filhas – a mais velha de três anos e a bebê de apenas 14 dias – durante sessão da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (SC) nessa terça-feira (19). “Um retrato do que é a ‘democracia relativa’ defendida pela esquerda”, afirmou a deputada em suas redes sociais.

Segundo ela, os sindicalistas “não tiveram sequer o escrúpulo de poupar as crianças de suas manifestações de ódio”, pois ela e as filhas foram até ameaçadas de violência física. Parte das manifestações foram gravadas, mas a parlamentar informou que “o trecho captado não registrou tudo o que foi dito ali”.

Na gravação, é possível ouvir gritos de “fascista” e também um coro chamando o Conselho Tutelar devido à deputada estar acompanhada das meninas no trabalho. Campagnolo tem direito a seis meses de licença-maternidade, mas renunciou seu direito a fim de continuar defendendo pautas em tramitação na Alesc.

De acordo com sua assessoria, as duas meninas estão liberadas para acompanhar a mãe, inclusive a bebê, que está bem de saúde e mama exclusivamente no peito. “Criança em ótimo estado geral, alimentada exclusivamente com leite materno, com bom ganho de peso”, informa o atestado médico da recém-nascida.

Atestado médico que autoriza a deputada a levar a bebê ao trabalho. Imagem: Arquivo pessoal/Ana Campagnolo
Atestado médico que autoriza a deputada a levar a bebê ao trabalho. Imagem: Arquivo pessoal/Ana Campagnolo

A assessoria informou ainda que já entrou em contato com órgãos de proteção à mulher para solicitar um posicionamento sobre o fato, mas nenhum se manifestou. “Dependendo do lado em que você está, mulheres e crianças não são dignas de proteção e respeito por parte de quem vive de relativismo”, lamentou a parlamentar em sua nas redes sociais.

Até esta quarta-feira (20), ela recebeu apenas manifestações individuais de apoio, como a da deputada federal Amália Barros (PL-MT), do Mato Grosso. “É inaceitável que a deputada Ana Campagnolo tenha passado por esse constrangimento e intimidação na Câmara, especialmente acompanhada de suas filhas!”, criticou no Instagram. “Como deputada, mulher e vice-presidente do PL Mulher, expresso aqui minha solidariedade a Ana e meu repúdio a essa esquerda doente!”.

Pauta em tramitação na Alesc

Durante a sessão da Alesc dessa terça-feira (19), os deputados debatiam o Projeto de Lei Complementar (PLC) 31/2023, do Poder Executivo, que altera a previdência dos servidores públicos estaduais. Da galeria, os sindicalistas – maioria professores – tentaram impedir a fala de quem era favorável à proposta. Ana e outros parlamentares votaram a favor do texto, que foi aprovado com 27 votos a favor e 11 contra.

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