A rejeiçãoda Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que proibia o nepotismo no Paraná pela Assembléia Legislativa do Paraná (ALP), na terça-feira (18), causou alvoroço nos leitores da Gazeta do Povo Online. No fórum de discussões, os internautas mandaram recados aos políticos e demonstraram sua indignação contra a medida adotada pela Casa de Leis. Nesta quarta-feira (19), alguns deputados que ajudaram a arquivar a proposta justificaram seus votos.
O principal argumento usado pela base aliada, que votou em bloco contra a PEC, é que a lei, de autoria do deputado Tadeu Veneri (PT), não era suficiente para acabar com o nepotismo do estado. "Ela atingia somente quem nomeava", afirmou o deputado estadual e presidente estadual do PMDB-PR Dobrandino da Silva. Para ele, somente os poderes executivos e alguns membros do legislativo estariam proibidos de contratar parentes.
Dobrandino da Silva, um dos principais articuladores para derrubar a proposta da Casa afirmou, nesta quarta, que a nova proposta do governo ainda precisa ser discutida na Assembléia. Líder do governo, o deputado conversou com a Gazeta do Povo Online, por telefone, a respeito da nova emenda, apresentada pelo governo, e afirmou desconhecer o texto que trata da exceção feita ao governador do estado.
De acordo com o deputado, a nova proposta, assinada por ele e mais 21 parlamentares, acrescenta o nepotismo cruzado. Porém, o texto também prevê a permissão para que somente o governador e o vice-governador possam contratar parentes para ocupar as secretarias. Dobrandino disse desconhecer os termos exatos, mas considerou que a proposta ainda deverá ser discutida antes de ser votada.
O deputado também não soube informar quem seria o autor do texto que traria a permissão para a contratação de parentes do governador. E muito menos qual seria a "notória qualificação técnica na área para qual for nomeado" que os secretários parentes deveriam ter. "Apresentamos uma sugestão. Agora ainda vamos nomear os representantes para discutir a proposta", finalizou.
O governador Roberto Requião possui atualmente dois irmãos ocupando cargos de chefia no governo.
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