A Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania (Seju) não teria investigado a denúncia de tortura no Centro de Detenção Provisória (CDP) de São José Pinhais, ocorrida em 23 de novembro de 2006. Segundo o deputado federal Florisvaldo Fier, o Dr. Rosinha (PT-PR), o secretário de Estado da Justiça, Jair Ramos Braga, ignorou uma sugestão contida em um relatório da comissão de sindicância que apurava a denúncia, o qual sugeria a abertura de um processo administrativo contra o então diretor-geral do CDP, José Guilherme Assis.
No último dia 2, o deputado denunciou que o carregador do Ceasa Felipe Osvaldo da Guarda dos Santos, 19 anos, morto com cerca de 30 tiros por policiais militares no último dia 24, havia sido torturado no CDP, junto com três detentos. A Gazeta do Povo teve acesso a documentos que comprovam que a investigação da Seju se voltou contra o agente penitenciário que fez a denúncia de tortura. Segundo ele, os quatros presos foram algemados e ficaram de joelhos durante cerca de cinco horas, sendo agredidos e humilhados.
Em um relatório de atividades da Comissão de Direitos Humanos da seção paranaense da Ordem dos Advogados do Brasil, datado de 5 de dezembro, consta que Assis sabia que os quatro presos foram encaminhados para um setor denominado "inclusão" após uma tentativa frustrada de fuga. A Comissão ouviu os detentos.
O agente que fez a denúncia disse que só foi ouvido ontem pelo Departamento Penitenciário a respeito do assunto. "Deveriam ter me chamado no dia seguinte à denúncia", disse Carlos, que prefere não ter o nome completo revelado. Segundo ele, pelo menos 15 agentes participaram da sessão de tortura.
No início da semana, a Seju informou que as denúncias estão sendo investigadas por meio de um processo administrativo, que ainda não foi concluído. A Seju informou ainda que o secretário Jair Braga teria determinado, no dia seguinte às agressões, que os quatro detentos fossem submetidos a exames.
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