Brasília O deputado federal paranaense Oliveira Filho (PL) afirmou que "não se lembra nem da fisionomia, se é gordo ou magro, alto ou baixo" de um ex-funcionário do seu gabinete citado no cruzamento feito pelos técnicos da Comissão de Sindicância. "Não tenho nem idéia de onde ele está trabalhando, a gente aqui faz muita experiência", disse o parlamentar.
"Quando a gente assume o mandato precisamos de pessoal especialista em um monte de coisa. Na virada de governo, o PL ganhou o Ministério dos Transportes. Eu não tinha a menor noção de como funcionava a estrutura do ministério." Este assessor foi contratado para atuar na área de transportes.
Oliveira Filho declarou que jamais teve qualquer contato com a Planam, principal empresa que operou a máfia dos sanguessugas. Ele disse que "ficou surpreso" com a menção ao nome de um ex-assessor seu. "Quem cuida das emendas para mim é um outro funcionário, de absoluta confiança."
Outro deputado envolvido no escândalo, Nélson Bornier (PMDB- RJ) afirma que não tem ligação com o esquema e desconhece as relações de Luiz Marques Santos, o Lula, que aparece no cruzamento de dados feito pela Comissão de Sindicância da Corregedoria da Câmara e teria recebido R$ 20,6 mil do esquema, divididos em dois depósitos.
"Não os conheço (os sanguessugas), não sei quem são e nunca me envolvi", enfatizou. Sobre os documentos apreendidos pela Polícia Federal, Bornier negou ter conhecimento de irregularidades. "Eles (os empresários da máfia dos sanguessugas) acompanhavam muitas emendas e projetos. Jamais tive relação com eles na prefeitura (de Nova Iguaçu, no Estado Rio)." Bornier informou que Lula desligou-se de seu gabinete no dia 10 de maio para candidatar-se a deputado nas próximas eleições de outubro.
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