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A devassa da Polícia Federal no Porto de Paranaguá fez com que deputados aliados do governador Beto Richa (PSDB) na Assembleia Legislativa do Paraná passassem a falar em CPIs na Casa. Segundo os parlamentares, essa seria a melhor forma de investigar os quase oito anos de governo de Roberto Requião (PMDB).

Ontem, o deputado Douglas Fabrício (PPS) anunciou que tentará convencer os colegas a iniciar a "CPI da Corrupção" – para isso, são necessárias 18 assinaturas entre os 54 parlamentares. Para ele, só assim seria possível esclarecer os atos de Requião e de seus aliados à frente do executivo estadual. "A questão do porto é um dos assuntos que o governo anterior não explicou. Como o Requião tinha maioria na Casa, a base governista sempre barrava nossos pedidos de informações para evitar desgaste ao governo", criticou. "Com a CPI, estaremos fazendo nosso papel de deputados. É importante trazer isso a público."

Líder da oposição no período Requião, o deputado Élio Rusch (DEM) também cogita a possibilidade de instalação de uma CPI, mas em último caso. "A CPI é um instrumento usado pela oposição, quando não tem acesso a alguns dados do governo. Hoje, como somos governo, devemos fazer uma auditoria e uma sindicância interna nas contas do porto", defendeu.

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