Tucano quer que Chinaglia e Fruet participem de recepção
Brasília O terceiro-secretário da Câmara, deputado Eduardo Gomes (PSDB-TO), protocolou ofício ao presidente da Casa, Aldo Rebelo (PC do B-SP), para que os deputados Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Gustavo Fruet (PSDB-PR) também participem do seminário de recepção aos novos parlamentares.
O deputado argumenta que Aldo está em campanha pela reeleição e o ato pode beneficiar sua candidatura. O evento começa amanhã e será encerrado na quarta, um dia antes da eleição para o comando da Câmara.
No ofício, Eduardo Gomes pede que os dois candidatos tenham o mesmo tempo que Aldo para conversar com os novos parlamentares que serão eleitores na votação para a presidência da Casa.
O programa oficial prevê duas palestras de Aldo na abertura e no encerramento do evento, os outros dois não foram convidados a participar.
Brasília Na busca pelos votos dos colegas deputados, os três candidatos à presidência da Câmara tentam se diferenciar dos adversários, mas têm mostrado pontos de vista muito semelhantes em algumas das principais questões que estarão em debate a partir de quinta-feira, quando começa a nova legislatura. O atual presidente, Aldo Rebelo (PC do B-SP), o petista Arlindo Chinaglia (SP) e o tucano Gustavo Fruet (PR), em respostas a cinco perguntas enviadas pela reportagem, foram unânimes em prometer mais rigor na análise das medidas provisórias enviadas pelo governo.
Embora sem propostas concretas, os três garantem que, se eleitos, vão lutar por mudanças nas regras que travam a votação de projetos de lei enquanto houver MPs a serem apreciadas. Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo mostrou que seis em cada dez sessões da atual legislatura não tiveram votação de nenhuma matéria legislativa porque estavam travadas por MPs. Eles prometem dois caminhos para dar agilidade aos trabalhos legislativos: evitar o trancamento da pauta por causa das MPs e não aceitar o pressuposto de urgência e relevância para todas as matérias enviadas pelo governo.
As medidas provisórias enviadas pelo Poder Executivo para dar início ao Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) serão um importante teste para o presidente eleito da Câmara. No caso do PAC, Chinaglia promete, se eleito, análise rigorosa da urgência e relevância alegada nas sete MPs. Já Fruet defende a análise do plano "no tempo certo" e considerou "uma distorção" o uso de MPs para sustentar o PAC.
Até mesmo no tema mais polêmico da campanha, o reajuste dos salários dos parlamentares, os três candidatos agora fazem defesas semelhantes de aumento com base na correção da inflação. O discurso se unificou depois que Aldo e Chinaglia, inicialmente defensores da criticada proposta de aumento de 91%, voltaram atrás e passaram a pregar uma discussão mais profunda antes de qualquer decisão.
Em relação às reformas tributária e política, Fruet, Chinaglia e Aldo têm posições praticamente idênticas: defendem a unificação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e, nas mudanças da regras eleitorais, o financiamento público das campanhas, o voto em listas fechadas e a fidelidade partidária, defendida até por Fruet, que há dois anos trocou o PMDB pelo PSDB.
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