Brasília Os parlamentares envolvidos no escândalo da máfia das ambulâncias que tiveram sua cassação pedida pela CPI dos Sanguessugas deverão sair ilesos do escândalo. Assim como no Senado, que inocentou os três senadores supostamente integrantes do esquema, o Conselho de Ética da Câmara também deverá promover uma "pizza" sem que a maioria dos 67 deputados que são alvo de processo por falta de decoro parlamentar sejam sequer julgados.
"A CPI foi muito afoita e mandou para o Conselho vários casos sem analisá-los. Houve muita correria porque era véspera de eleição", critica o presidente do Conselho de Ética, deputado Ricardo Izar (PTB-SP). "O Conselho de Ética não é um tribunal de exceção", completa. A idéia é arquivar os casos dos deputados que não forem julgados até o fim deste ano e não foram reeleitos O arquivamento beneficiará os processados que manterão seus direitos políticos, podendo candidatar-se nas eleições municipais de 2008 e gerais de 2010.
Reeleição
Dos 67 acusados, apenas cinco conseguiram voltar à Câmara: Pedro Henry (PP-MT), Wellington Fagundes (PL-MT), Wellington Roberto (PL-PB), Marcondes Gadelha (PSB-PB) e João Magalhães (PMDB-MG). Segundo Izar, o Conselho vai conseguir julgar, no máximo, dez casos até 22 de dezembro, quando começa o recesso parlamentar. "Nenhum dos processos vai para o plenário este ano. Tudo fica para a próxima legislatura", explica o presidente do Conselho.
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