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A eterna disputa entre governistas e partidários do ex-governador Anthony Garotinho no PMDB chegou às vias de fato quarta-feira à noite, resultando em quebra-quebra e feridos na sala da Diretoria-geral da Câmara. Quando faltava um minuto para o término do prazo de apresentação da lista de apoio para escolha dos líderes dos partidos, o deputado governista Hermes Parcianelo (PMDB-PR) chegou à sala do secretário Mozart Viana com uma lista com a assinatura de 43 deputados (dois a mais que a metade mais um) pedindo a manutenção de Wilson Santiago (PB) na liderança e derrubando Valdemir Moka (MS), que até então tinha o cargo garantido.

O pedido de retirada de duas assinaturas de apoio a Moka e a lista levada por Parcianelo provocou troca de sopapos entre o requerente e dois aliados de Garotinho: Max Rosemann (PR) e Rose de Freitas (ES). Os alvos foram o computador e o relógio, que marcava no momento 23h59m. A deputada Rose de Freitas saiu com o dedo cortado e uma funcionária da secretaria também foi atingida.

Com a confusão, o presidente da Câmara, Aldo Rebelo, determinou a abertura de sindicância e adiou a eleição para escolha dos presidentes das comissões técnicas. O foco da disputa, além da liderança, é a indicação do novo líder para a presidência da Comissão de Fiscalização e Controle, uma das mais poderosas em ano de eleição.

- O incidente será apurado e os responsáveis responderão por isso. O novo líder do PMDB só será conhecido depois da checagem das listas de apoio - disse Aldo.

- Esse rapaz (Parcianelo) é um despreparado, mau caráter, malandro de parque. Para garantir sua lista ele quebrou o computador, o relógio para criar uma situação física e ainda feriu todo mundo. Mais uma vez o governo utilizou todas as formas para garantir o controle da liderança com patrocínio de verbas e oferecimento de vantagens - acusou Max Rosemann.

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