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No Paraná

Deputados paranaenses lembram constrangimento do voto aberto

Curitiba – O fim do voto secreto no Congresso Nacional vai causar constrangimentos. Mas, mesmo assim, deve ser aplicado. É essa a opinião da maior parte dos deputados da bancada paranaense procurados ontem. A favor ou não da medida, os parlamentares ressaltam o outro lado da moeda: a existência de possíveis pressões e até perseguições partidárias ou de outros segmentos da sociedade. "A decisão, caso seja adotada, tem vantagens e desvantagens. Por um lado, traz transparência à opinião pública sobre a atuação do Congresso. Mas, por outro lado, pode dar margem a pressões", pondera a deputada federal Dr. Clair (PT-PR). O deputado Oliveira Filho (PL-PR) é um dos poucos parlamentares da bancada contrários à mudança. "Não estou seguro de que o fim do voto secreto acabe com as negociatas. A partir de uma decisão tua pode haver pressão de parlamentares do próprio partido ou de outros para a não-liberação de emendas. É algo complicado de avaliar", afirmou.

Na opinião do deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), o voto aberto é fundamental para a fiscalização dos processos de cassação. "As absolvições de (Roberto) Brandt (PFL-MG) e Professor Luizinho (PT-SP) na semana passada mostram que, infelizmente, o Congresso ainda se move de acordo com conveniências políticas", avaliou. O deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), relator da CPI dos Correios, a quem a absolvição de Brandt e Luizinho causou "surpresa", depois da recomendação contrária pelo Conselho de Ética, se diz favorável ao voto aberto. "Cada parlamentar tem de responder junto a seu eleitorado quanto à forma que atua e assumir as conseqüências", disse.

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