A situação da rede de UTIs no estado e as mortes de pessoas na lista de espera por uma vaga foram os principais assuntos discutidos na sessão ordinária da Assembléia Legislativa, ontem, em Curitiba. Parlamentares de oposição e de situação foram para a tribuna defender pontos de vista. Como não foi possível o consenso, eles decidiram convidar o secretário estadual de Saúde, Cláudio Xavier, e o promotor de Saúde Pública de Ponta Grossa, Fuad Faraj. O pedido foi apresentado pelos deputados estaduais do PPS: Marcos Isfer, Waldir Leite, Aílton Araújo e Ratinho Júnior.
A solicitação foi encaminhada à mesa da Assembléia Legislativa. Deputados de outros partidos também quiseram assinar o requerimento. "A intenção é que o secretário explique aos deputados o que está ocorrendo com a saúde do estado e o que precisa ser feito para mudar isso", disse Marcos Isfer. A pedido do líder do governo, Dobrandino da Silva (PMDB), a convocação não foi discutida ontem, mas será colocada na pauta desta terça-feira.
O deputado Plauto Miró Guimarães, líder do PFL na Assembléia, assinou requerimento conjunto com a bancada do PPS. "Hoje, confirmei tudo aquilo que tenho falado sobre o setor de saúde no estado. Tenho alertado, tenho chamado a atenção, pedindo para o governo do estado agir, mas os números mostram que a mortandade tomou conta do Paraná", destacou. O líder da oposição, deputado Valdir Rossoni (PSDB), defendeu que a situação estaria bem melhor se o governo estadual gastasse o mínimo exigido em lei na saúde.
Já o deputado Jocelito Canto (PTB) saiu em defesa do governo. Ele lembrou a ampliação da rede de UTIs em um terço e disse que a administração municipal está investindo muito para reverter o quadro caótico que encontrou em 2003. "É preciso olhar para a situação de anos atrás", reforça.
Ele alega que a falta de investimentos nas gestões anteriores resultou no problema que está sendo enfrentado pelo atual governo. "Estamos vendo alguns adversários políticos usando isso e fazendo politicagem", afirma. Ele exemplifica que a oferta de leitos em Ponta Grossa mais do que dobrou em dois anos e que a previsão é de aumentar ainda mais a rede num curto espaço de tempo. (KB)