Parlamentar custa R$ 10 mi por ano, diz ONG

Brasília – Levantamento feito pela ONG Transparência Brasil revelou que o Congresso Nacional tem o custo mais alto para a população em comparação aos parlamentos de 11 países. De acordo com o estudo, o Congresso gasta R$ 11.545,04 por minuto com os 513 deputados e 81 senadores.

Com um orçamento de mais de R$ 6 bilhões para 2007, o congresso brasileiro só perde em números totais para os Estados Unidos, que prevê gastos de R$ 8,1 bilhões neste ano nas duas casas legislativas. O estudo mostrou que o custo médio com os 594 parlamentares é de R$ 10 milhões por ano.

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Brasília – Por 252 votos a 181, o Plenário da Câmara dos Deputados rejeitou, na noite de ontem, o voto em lista fechada, primeiro dos itens a ser votado no projeto de reforma política. Pela proposta, o eleitor passaria a votar numa lista pré-ordenada pelos partidos nas eleições para deputados e senadores.

O resultado foi uma vitória do bloco formado por PSB, PDT, PC do B, PSDB, PP, PR, PTB e PV, que orientou suas bancadas a votarem contra a lista fechada. PT, DEM e PSOL se posicionaram a favor do voto em lista. Já o bloco PMDB-PSC-PTC e o PPS liberaram suas bancadas.

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O plenário já havia aprovado antes requerimento do PR para a votação do projeto de reforma política por grupos de artigos. Depois de recusar votar o sistema híbrido nas eleições proporcionais, diversos deputados e líderes reconheceram que a maioria do plenário não queria qualquer tipo de lista pré-ordenada pelos partidos.

Ontem à noite, após um dia de discussões e de muito debate, os deputados rejeitaram também, por 240 votos a 203, o requerimento do PMDB que pedia preferência de votação à emenda substitutiva aglutinativa apresentada por diversos líderes em relação ao texto do relator Ronaldo Caiado (DEM-GO) para o projeto de lei da reforma política. A nova proposta, assinada por PT, DEM, PMDB e PC do B, havia sido fechada ontem, depois de várias reuniões e muitas versões, e mesmo assim provocou polêmica.

No requerimento do PMDB, misturavam-se financiamento de campanha público e privado e voto em lista de candidatos do partido com possibilidade de escolha individual pelo eleitor, a chamada lista flexível.

Segundo a proposta, os recursos de origem pública poderiam ser usados somente na campanha dos candidatos às eleições majoritárias (prefeitos, governadores, presidente e senador) e para a divulgação das listas partidárias das eleições proporcionais.

Os de origem de doações de pessoas físicas poderiam ser usados nas campanhas individuais dos candidatos nas eleições.

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Até o fechamento desta edição, às 22h50, os deputados votavam os outros artigos do projeto.