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Brasília – Os líderes partidários da Câmara decidiram ontem não trabalhar mais às segundas-feiras em Brasília. Em reunião com o presidente da Casa, Arlindo Chinaglia (PT-SP), os parlamentares avaliaram que as sessões às segundas-feiras não são produtivas e que é melhor suspender as votações na Casa nestes dias.

Tradicionalmente, a Câmara não realizava sessões às segundas-feiras, mas Chinaglia imprimiu um novo ritmo de trabalhos na Casa instituindo sessões deliberativas (com votações) de segunda a quinta-feira. Antes de Chinaglia, as votações ocorriam sempre às terças, quartas e quintas-feiras – o que voltará a acontecer.

Nos três dias da semana, quem não comparecer terá os salários cortados no fim do mês caso não apresente justificativas para as situações previstas no regimento. Já as ausências nas segundas e sextas-feiras não implicarão cortes salariais – o que na prática permite aos deputados permanecerem em seus estados.

"Todos os líderes têm sido pressionados por parlamentares que nos seus estados têm demandas por audiências às segundas-feiras. Ao invés de uma sessão na segunda-feira à noite, teremos na terça-feira pela manhã", afirmou o líder do PT na Câmara, deputado Luiz Sérgio (RJ).

Aval

A decisão teve o aval de parlamentares do governo e da oposição.

"As sessões às segundas-feiras estavam ineficientes do ponto de vista da produtividade. A decisão foi unânime", afirmou o líder do PSol na Câmara, deputado Chico Alencar (RJ).

Apesar da decisão, os líderes insistiram que o fim das sessões às segundas-feiras não implica paralisia na Casa – uma vez que os parlamentares querem compensar as sessões suspensas nas terças pela manhã.

"Esse é um dilema que precisa ser resolvido. A sociedade tem que participar do debate. A compensação na terça de manhã é importante", disse o vice-líder do governo na Câmara, deputado Beto Albuquerque (RS).

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