O vazamento de cerca de mil litros de emulsão asfáltica material usado no recapeamento de ruas e rodovias contaminou nesta semana o Rio Quati, em Cascavel, no Oeste do estado. Da noite de segunda-feira até a tarde de ontem, o acidente ambiental mobilizou equipes da Defesa Civil, Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Concessionária Ecocataras, Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Corpo de Bombeiros.
Conforme informações recebidas pela Ecocataratas na noite de segunda, o óleo queimado teria sido despejado propositalmente de um caminhão às margens da BR-277. Ao verificar a denúncia, a concessionária não encontrou o veículo mencionado, mas constatou o crime ambiental. O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil foram acionados e descobriram que o material já havia chegado ao leito do rio. Imediatamente, barreiras de contenção foram colocadas no local.
Além das barreiras, um trabalho de sucção do material foi feito com o auxílio de um caminhão. Na tarde de ontem, o equipamento começou a ser removido, mas o local continuará sendo monitorado nos próximos dias.
Caminhão
No início da tarde de ontem, o caminhão que carregava a emulsão asfáltica foi identificado e retido pela PRF para perícia. O veículo pertence à Samp Construtora de Obras, empresa que tem como sócio o secretário de Obras Públicas de Cascavel, Paulo Gorski. Segundo o secretário, o veículo estava em manutenção em uma oficina às margens da rodovia.
Na segunda-feira, um funcionário da oficina Hidrautork estaria fazendo reparos no caminhão quando o vazamento ocorreu. No local, um funcionário informou que o proprietário não estava para falar sobre o caso. Para a polícia, o rapaz que fazia os reparos teria dito que ao perceber água no tanque decidiu esvaziá-lo, sem saber que se tratava de resíduos poluentes. Após as investigações, o IAP definirá as medidas a serem tomadas contra os responsáveis.