Destruição
A desocupação do prédio da Oi pelos desabrigados ocorreu na última sexta-feira e deixou um rastro grande de destruição. Pelo menos 17 pessoas ficaram feridas, cinco adultos e três crianças entre os moradores e nove policiais militares. Revoltados, alguns dos desabrigados atearam fogo no edifício desocupado, numa viatura da PM e em seis ônibus, sendo cinco de passageiros e um da Companhia Municipal de Limpeza Urbana. Outros 11 ônibus foram apedrejados.
Descontentes com o acordo feito na segunda-feira com a prefeitura do Rio, cerca de 500 desabrigados, retirados semana passada do prédio da Oi, na zona norte da cidade, voltaram a se reunir em frente à sede administrativa da Cidade Nova. Eles estão sendo cadastrados para possível auxílio com moradia pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, mas cobram solução mais rápida do governo. Ainda ontem, receberam apoio de black blocs.
Entre os desabrigados, uma minoria mais exaltada fez tumulto na Avenida Presidente Vargas: quebrou o vidro de uma ambulância com uma pedra, que feriu o motorista no rosto, destruiu parcialmente um ponto de ônibus e retirou a chave de um caminhão de entrega de supermercado, deixado parado na via. De acordo com a PM, os black blocs também participaram da confusão, lançando pedras.
As famílias, muitas com bebês de poucos meses de vida e crianças que estão faltando à escola, chegaram de manhã cedo à prefeitura, com o intuito de retomar o acampamento, iniciado na sexta-feira passada, com a desocupação do edifício da Oi. Só que encontraram a frente do centro administrativo tomada por guardas municipais, em parte munidos de escudos. A conta era quase um guarda para cada desabrigado. À tarde, os ânimos se acirraram e houve confronto com os guardas, mas ninguém ficou ferido.
As famílias estão sendo registradas para levantamento de sua situação socioeconômica. Os cadastros serão analisados para futura inclusão no programa Minha Casa, Minha Vida, caso os casos se enquadrem nos critérios do governo federal. Pessoas que não estavam no prédio da Oi e também querem casa para morar já teriam se juntado ao grupo. Elas partem do pressuposto de que os invasores serão considerados prioritários na fila por um imóvel.
Motivações
A maior parte dos desabrigados vive de favor na casa de parentes ou paga aluguel caro demais para o orçamento familiar. Mas até líderes admitem que não estão lutando por uma casa para si, mas, sim, para filhos e outros parentes.
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