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O mistério sobre o desapareciemento da paranaense Carla Vicentini completa hoje 93 dias. No início de janeiro, a estudante universitária saiu de sua casa em Goioerê, interior do Paraná, para fazer um programa de intercâmbio internacional com o objetivo de estudar inglês e trabalhar.

Ela desapareceu no dia 9 de fevereiro, na cidade de Newark, Estados Unidos, onde trabalhava em um restaurante. Desde então, seus pais, o contabilista Orlando Vicentini e a empresária Tânia Maria Pereira Vicentini, continuam buscando informações sobre a filha. A mãe e mais uma comissão de parlamentares que auxilia na investigação do caso devem ir aos Estados Unidos nos próximos dias. O objetivo é tentar encontrar outros detalhes que possam ajudar a esclarecer o caso.

"As investigações estão em andamento. O FBI e a polícia local continuam trabalhando no caso", afirmou à Gazeta do Povo, por telefone, o assessor de imprensa do FBI em Nova Jérsei, Steven Seagul. Ele disse que não pode revelar os detalhes da operação, mas garantiu que as investigações não cessarão até que a jovem seja encontrada, ou se descubra o que se passou com ela.

Mídia local e auxílio da comunidade brasileira

Outra prova de que a comunidade não esqueceu a jovem brasileira é a constante cobertura do caso na mídia local. Após um período de esquecimento, as notícias sobre o desaparecimento da brasileira voltaram às primeiras páginas dos diários. Uma reportagem publicada no dia 10 de maio no jornal Luso Americano, publicação dirigida à comunidade de língua portuguesa, traz depoimentos da mãe da desaparecida a respeito das investigações do feitas sobre o caso no Brasil.

Carla Vicentini estava se divertindo com amigos no clube Adega Lounge na madrugada do desaparecimento. O estabelecimento integra o Adega Grill, um restaurante no coração do Iron Bound, um bairro antigo e tradicional de Newark, onde a predomina comunidade portuguesa e brasileira.

Andando pelo local, é possível ouvir mais português e espanhol que o inglês. O Adega Grill tem uma atmosfera e cardápio sofisticados e um jantar com pratos principais que podem chegar a U$S 38. O restaurante fecha por volta da meia noite, mas o Lounge permanece aberto até as três horas da manha. Acredita-se que nesse horário Carla Vicentini havia deixado o local. De acordo com o gerente da casa, mais de 700 pessoas entram e saem do Adega Grill por noite. Já o Adega Lounge chega a receber de 250 a 300 pessoas numa única madrugada.

Marco Oliveira, gerente do Adega Lounge, afirma que ele estava fechando o caixa no horário do desaparecimento e que não conhecia bem Carla Vicentini. O gerente relata que a brasileira havia bebido muitas doses de uísque misturado com bebida energética, pagas por um homem suspeito.

Ela não parecia embriagada quando entregou a Oliveira um pedaço de papel dizendo "Você pode entregar isto para a Duda?" Duda é o apelido de Maria Eduarda Ribeiro, estudante de Brasília que dividia o apartamento com Carla e era funcionária do Adega Lounge.

Bilhete misterioso

Marco Oliveira confirma que entregou o bilhete para Maria Eduarda e acredita que esse bilhete tenha sido perdido. A anotação pode conter a chave do mistério, pois se acredita que nele estava escrito o nome Antônio e um numero de telefone.

Carla Vicentini saiu do local de posse da chave do apartamento que dividia com a colega. Acredita-se que ela pretendia retornar ao clube para acompanhar Maria Eduarda Ribeiro, mas Carla não foi mais vista. O gerente conta que Maria Eduarda acabou retornando ao apartamento com a ajuda de policiais.

O Adega Lounge não possui sistema de circuito interno de câmeras, o que dificulta o trabalho da polícia na identificação do suspeito e estabelecimento do horário exato em que Carla Vicentini teria deixado o local.

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