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Um irmão e um cunhado de Claudemir Batista Severino, linchado após provocar a morte de cinco pessoas no Barreirinha, na madrugada de domingo, foram ouvidos pela Delegacia de Delitos no Trânsito na manhã desta quarta-feira. O delegado Armando Braga está convencido de que não houve tentativa de atropelamento das pessoas que linchavam Severino na rua, após a tragédia.

"O cunhado de Claudemir nega que tenha amaeaçado atropelar as pessoas. Ele disse que viu o cunhado sendo morto e tocou a buzina para ver se dispersava as pessoas", afirma o delegado. A afirmação de que teria ameaçado atropelar pessoas após o acidente foi prestada à delegacia, ainda no domingo, por duas testemunhas. No depoimento elas disseram que seria um irmão de Claudemir Severino. "A história de tentativa de homicídio foi um depoimento emocional de quem estava lá", explicou Braga. O delegado não quis informar a identidade do cunhado.

O irmão de Severino, Claudinei Batista Severino, também foi ouvido pelo delegado. "Não acrescentou muita coisa. Ele disse que o irmão era um pouco negligente, às vezes fazia o caminhão pegar 'no tranco' e era dado ao uso da bebida", relatou Braga.

As investigações sobre o acidente no Barreirinha continuam com o depoimento da mulher do irmão de Severino, que deve ser na quinta-feira. "Ela assistiu tudo", diz Braga. Uma das duas sobreviventes da tragédia e víuva de uma das vítimas fatais, Sirley da Cruz Dias, não será ouvida. "Ela não tem nada a acrescentar", conclui o delegado.

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