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| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Um relaxamento nos cuidados para prevenir a gripe pode ser o motivo por trás do novo surto de Síndrome Respiratória Aguda Grave associada ao vírus H1N1, que começa a deixar o país em alerta.

“Nos últimos dois anos, a quantidade de casos foi bem menor do que o esperado. Isso pode ter levado a uma situação em que menos pessoas tenham buscado a vacinação, aumentando o número de pessoas suscetíveis ao vírus”, explica o nfectologista Sérgio Ricardo Penteado Filho, do Hospital Marcelino Champagnat.

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Além disso, segundo a infectologista Denise Semchechen, do Hospital Nossa Senhora das Graças, ainda há alguma resistência à vacinação. “A população jovem pode não estar contemplada na vacinação pública, mas nem sempre elas vão procurar [a vacina em laboratórios privados]”, diz.

Com a transmissão facilitada pela alta suscetibilidade da população e certa desatenção aos cuidados para evitar a propagação do vírus – já que a gripe é associada aos períodos de temperaturas mais baixas –, a doença teria encontrado um ambiente ideal para começar a se propagar.

Por isso, os médicos defendem que a população procure se imunizar o quanto antes, preferencialmente com a vacina do ano. “É importante que os laboratórios forneçam a vacina atualizada de 2016”, afirma Penteado, que vê com bons olhos o adiantamento da campanha nacional de vacinação promovida pelo Ministério da Saúde. “Pode diminuir a velocidade de propagação do vírus”, diz.

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Além disso, os especialistas destacam a importância de fazer a higiene correta e manter os ambientes ventilados desde já, sem esperar os meses mais frios ou o início de um surto no estado para se prevenir.

Outras hipóteses

Segundo os médicos, existe a possibilidade de uma nova cepa do vírus H1N1 ter sido trazido ao Brasil por pessoas que estiveram no Hemisfério Norte nos últimos meses do ano passado e primeiros meses desse ano, quando era inverno lá. Outra possibilidade é que o vírus tenha passado por mutação ou sofrido influência do “vírus da moda” e, por isso, teria voltado a circular.

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Vacinação no Paraná

A Secretaria de Estado da Saúde informou, por meio da assessoria de imprensa, que só definirá uma estratégia de distribuição das vacinas e início da vacinação quando receber os novos lotes do Ministério da Saúde. Conforme cronograma publicado no site do ministério, as primeiras remessas da vacina, totalizando 25,6 milhões de doses, serão entregues aos estados entre 1.º e 15 de abril. A Região Sul receberá 3,5 milhões de doses. Até o fim desta semana o Ministério deve detalhar quantas doses serão destinadas a cada estado.

Em laboratórios particulares, a vacina atualizada já está disponível ou começa a chegar ainda essa semana. Em geral, basta ir ao local para tomar a vacina, mas alguns deles já estão cadastrando os interessados.

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