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A advogada Vilma Régia Ramos de Rezende, 57 anos, tomou posse ontem como desembargadora no Tribunal de Justiça (TJ) do Paraná. Ela ocupa a vaga que estava aberta para a seção paranaense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), relativa ao quinto constitucional – pela regra um quinto dos desembargadores são escolhidos entre advogados e agentes do Ministério Público. Vilma se tornou magistrada após figurar na lista sêxtupla da OAB, escolhida num grupo de 34 advogados. A partir da relação, o TJ formou uma lista tríplice, enviada ao governador Roberto Requião, a quem coube a escolha. A desembargadora é a oitava mulher entre os 119 desembargadores – o tribunal tem 120 integrantes. Há uma vaga aberta para juiz de carreira.

Vilma Régia destacou que a ascensão ao cargo coroou sua carreira jurídica, agradecendo a sua escolha e as pessoas com quem conviveu nos últimos anos, como os colegas de faculdade e ao advogado Newton José de Sisti, com o qual trabalhou por 15 anos.

Ela disse ainda que pretende usar no tribunal a experiência profissional de 35 anos na advocacia para resolver conflitos que julgará no futuro. "Sou apaixonada pelo direito de família, tenho experiência na área comercial, pois atuei cerca de seis anos como vogal – representando a OAB na Junta Comercial do Paraná. Além disso, atuei como juíza no tribunal de ética e disciplina e fui ouvidora na OAB", lembrou.

Na área do direito de família, a nova desembargadora se diz de vanguarda. Ao ser questionada em entrevista sobre os novos modelos de família, previsão da Constituição Federal, ela frisou que reconhece os direitos das uniões homossexuais.

Vilma Régia foi aluna do curso de direito da Universidade Federal do Paraná (UFPR), turma de 1971. Ela nasceu em Minas Gerais, é divorciada, tem três filhos e quatro netos. Foi sócia-fundadora do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM), seção Paraná, onde ocupou o cargo de vice-presidente a partir do ano passado.

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