Aumentam as famílias constituídas em torno só do pai
Embora pequeno, chama também a atenção dos pesquisadores do Ipea o crescimento do número de famílias monoparentais família constituída em torno só da mãe ou só do pai masculinas, que passou de 2,1%, em 1993, para 3%, em 2007, dentre o total de famílias chefiadas por homens. Por outro, foi registrada uma diminuição nas famílias monoparentais femininas, de 63,9%, em 1993, para 49,2%, em 2006, do total das chefiadas por mulheres.
"Significa dizer que, mesmo lentamente, os homens têm assumido a responsabilidade tanto pela provisão, tarefa tradicionalmente considerada masculina, como pelo cuidado da sua prole, tarefa essa tradicionalmente relegada às mulheres", destaca o texto do estudo.
De acordo com o levantamento, o número de famílias formadas por casais com filhos e chefiadas por mulheres cresceu mais de dez vezes nos últimos 15 anos. O número passou de 301 mil (22,3%), em 1993, para 3,6 milhões (33%), em 2007.
São Paulo e Brasília - O Brasil registrou aumento do porcentual de negros na população e queda do índice de brancos entre 1993 e 2007. Segundo o estudo Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça, divulgado ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a proporção de negros cresceu de 45,1% para 49,8%, enquanto a de brancos caiu de 54,2% para 49,4%.
Mas as desigualdades raciais ainda persistem, segundo a análise do Ipea. "Homens e mulheres, brancos e negros continuam a ser tratados desigualmente. Um e outro grupo têm oportunidades desiguais e acesso assimétrico aos serviços públicos, aos postos de trabalho, às instâncias de poder e decisão e às riquezas de nosso país, ressalta mensagem assinada pelo presidente do Ipea, Marcio Pochmann. O levantamento foi elaborado com base em indicadores da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Expectativa de vida
A pesquisa mostrou também que a expectativa de vida dos brancos é maior do que a dos negros, ao mesmo tempo que as mulheres vivem mais do que os homens. E, apesar de ser cada vez maior o número de famílias chefiadas pelo sexo feminino, o instituto calcula que o Brasil pode levar 87 anos para igualar salários de homens e mulheres.
A pesquisa ressalta que, entre 1996 e 2007, a desigualdade de renda entre homens e mulheres caiu cerca de 10%. Já entre brancos e negros, diminuiu 13%.
Acesso ao ensino e permanência na escola são outras dificuldades da população negra. A taxa de analfabetismo dos homens brancos com 15 anos ou mais caiu de 9,2%, em 1993, para 5,9% em 2007. Entre as mulheres brancas da mesma faixa etária, a queda foi de 10,8% para 6,3% no período. Já a taxa de analfabetismo entre as mulheres negras passou de 24,9%, em 1993, para 13,7%, no ano passado.
Em relação ao tempo de permanência na escola, o estudo mostra que também houve melhora em todos os gêneros e raças. No entanto, os negros ainda ficam menos tempo em sala de aula. De acordo com o levantamento, em 2007, homens apresentavam uma média de 7,1 anos de estudo, contra 7,4 anos para as mulheres. Entre os brancos, a média era de 8,1 anos de estudo e entre os negros, de 6,3 anos.
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