Mesmo com toda a pressão para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, o Brasil voltou a registrar aumento na quantidade jogada na atmosfera. Em 2013, 1,57 bilhão de toneladas de CO2 equivalente foi emitido no país o maior volume dos últimos cinco anos. Os dados foram anunciados na manhã desta quarta-feira (19), em São Paulo, pelo Observatório do Clima.
O desmatamento na Amazônia, que também voltou a crescer depois de um período de estagnação, motivou o aumento nos indicadores. Também o uso frequente de termoelétricas, que estão compensando o déficit na produção de energia hidrelétrica, pressionou os indicadores.
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Veja a evolução do total de emissões de CO2 equivalente do Brasil e do Paraná
Como esses dois fatores foram ainda mais intensivos em 2014, a perspectiva é de que o relatório a ser apresentado no ano que vem seja indique aumento mais expressivo nas emissões brasileiras.
"O relatório não trouxe surpresas para nós que estamos acompanhando as emissões", conta André Ferretti, coordenador do Observatório do Clima e gerente de estratégias de conservação da Fundação Grupo Boticário. Ele destaca que todos os setores, incluindo agropecuária e processos industriais, tiveram aumento. Com a ampliação do uso da gasolina em detrimento do etanol, por exemplo, o consumo urbano também pressionou os indicadores. O Brasil responde por 3% das emissões do planeta. Parece pouco, mas o problema é que o valor está acima da média mundial por habitante. No mundo, as emissões anuais divididas pela quantidade de pessoas chegam a 7,2 toneladas per capita. No Brasil, estão em 7,6 toneladas por pessoa. E para quem pensa que o aumento nas emissões de gases de efeito estufa está ligado diretamente a um processo de desenvolvimento econômico, fica um alerta: enquanto o volume de gases jogado na atmosfera subiu 7,8% de um ano para o outro, o Produto Interno Bruto (PIB), principal indicador de movimentação econômica, cresceu 2,49% em 2013 no Brasil.
Paraná
Pela primeira vez, o relatório do Observatório do Clima apresentou dados por estado. O Paraná aparece em décimo lugar no ranking nacional. Ao contrário dos dados brasileiros, aqui não é o desmatamento o principal gerador de emissões. Agropecuária e energia, especialmente queima de combustíveis fósseis, assumem a liderança. Em novembro, o governo estadual anunciou um inventário das emissões do Paraná, mostrando os principais causadores. Mundo
Também as emissões no mundo subiram bem acima do estipulado para tentar manter a temperatura no planeta. O quinto relatório anunciado em novembro pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) mostrou recordes negativos.
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