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São Paulo - Após cair em setembro, o desmatamento na Amazônia Legal voltou a subir em outubro, aponta relatório da ONG Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) que será divulgado hoje. As imagens de satélite detectaram que 194 km2 foram devastados. O aumento foi de 90% na comparação com o mesmo mês do ano passado.

Os dados do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) mostraram ainda que subiu o desmatamento acu­­mulado nos meses de agosto, setembro e outubro – primeiro trimestre do calendário oficial de medição do desmate –, que foi de 682 km2, 30% maior do que no mesmo período de 2008.

O pesquisador da ONG Adalberto Veríssimo diz que o crescimento se deve ao reaquecimento da economia, após a crise econômica, e à proximidade do ano eleitoral. "A floresta paga o preço pela disputa nos municípios. Os políticos fazem vista grossa nessa época", afirma.

Os estados que mais desmataram em outubro foram Pará (45% da derrubada aconteceu no estado), Mato Grosso (22%) e Rondônia (13%). Os dados mostram queda na destruição da mata no eixo da BR-163, no Pará, o que, segundo Veríssimo, pode ser atribuído à fiscalização do governo. O desmate segue preocupante, na opinião do pesquisador, na Terra do Meio (PA), principalmente na Área de Proteção Ambiental Triunfo do Xingu. "Mesmo sendo área do governo, que ele deveria fiscalizar, o desmatamento persiste por causa da grilagem", afirma o pesquisador. O levantamento mostra também um novo foco de desmatamento na região da Calha Norte do Pará.

O Ibama, responsável pela fiscalização do desmate, informou que se baseia em dados do Deter (outro sistema de medição), que, até setembro, indicam tendência de queda na derrubada da floresta. O órgão ainda não tem dados de outubro.

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