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Articulação

Desvendar o “enigma” do estado é meta do Movimento Pró-Paraná

O economista Belmiro Valverde Castor lançou um desafio ao assumir, na semana passada, a presidência do Movimento Pró-Paraná: desvender o que ele chama de "enigma paranense". Descobrir quais são os entraves ao desenvolvimento do estado é o desafio proposto por Belmiro aos mais de 400 afiliados do movimento.

O novo presidente reconhece o progresso do estado nas últimas décadas, mas questiona o porquê de não ter havido uma melhoria na condição social, cultural e econômica dos paranaenses na mesma proporção."É uma enorme incógnita a resolver: apesar de as políticas e investimentos implementadas no Brasil nos últimos 60, 70 anos terem reduzido ou eliminado fatores normalmente considerados como impeditivos ao desenvolvimento, isso não resultou no desenvolvimento da qualidade de vida para a totalidade da população. "

O Movimento Pró-Paraná é composto por empresários, pensadores, políticos e organizações da sociedade civil. "O movimento é de natureza cívica. Não tem conotação partidária", afirmou o economista. "Não pretendemos elaborar uma pauta de reivindicações, mas vamos articular meios para que os projetos e idéias que objetivam o desenvolvimento do estado sejam colocados em prática", disse.

A principal bandeira do movimento é a definição do papel do estado no cenário nacional. "Se formos capazes de contribuir para que as forças paranaenses se unam em torno de uma agenda básica de luta política e técnica para o reconhecimento da importância estratégica de estado, estaremos nos mostrando à altura daqueles que confiaram em nosso potencial."

Histórico

O movimento Pró-Paraná é um exemplo bem-sucedido de organização da sociedade civil. Ele foi fundado pelo presidente da Rede Paranaense de Comunicação (RPC), jornalista Francisco Cunha Pereira Filho, em 2001. Com a formalização do Pró-Paraná, o presidente da RPC quis fortalecer a ação do movimento que vinha se articulando nas décadas anteriores com a realização de campanhas. A primeira, iniciada na década de 70 em parceria com a Gazeta do Povo, reivindicou royalties pela construção de Itaipu. A ação reverteu na divisão, entre o governo do estado e municípios, de cerca de 75% do valor arrecadado em royalties.

Entre 1991 e 1993, o movimento reagiu a uma tentativa de se criar uma nova unidade federativa – o Estado do Iguaçu – com a separação de uma parte do Paraná e o Oeste de Santa Catarina. Outra campanha conseguiu que o Aeroporto Internacional Afonso Pena recebesse o ILS II, um equipamento que garante a segurança das operações aéreas em dias de neblina forte.

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