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Os principais partidos de oposição ao governo federal pretendem utilizar a prisão do líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), como argumento para justificar a necessidade de afastamento do deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da presidência da Câmara dos Deputados.

O argumento é de que, assim como o senador petista, detido sob a suspeita de tentar prejudicar as investigações da Operação Lava Jato, o peemedebista tem manobrado para atrapalhar o processo de cassação contra ele no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.

Para líderes oposicionistas, as articulações de Cunha impedem a produção de provas que poderiam ser usadas contra ele na esfera criminal.

Na quarta-feira (25), representação assinada pelas bancadas do PSDB, DEM, PPS, Rede e PSol será entregue à Procuradoria-Geral da República para municiá-la de argumentos para pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) o afastamento de Cunha do cargo.

Com a nova fase da Operação Lava Jato, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, adiou audiência que faria com os partidos de oposição para discutir o assunto.

A comparação dos casos do petista com o peemedebista não deve ser incluída na representação, mas será usada como argumento na audiência com Janot, que deve remarcada até o fim desta semana.

Evidências

Delcídio do Amaral foi preso na manhã da quarta-feira (25) pela Polícia Federal. A operação foi autorizada pelo STF depois que o Ministério Público Federal apresentou evidências de que ele tentava prejudicar as investigações da Operação Lava Jato.

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