A floresta amazônica perdeu 541 km² de floresta no mês de outubro, revelam os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) nesta sexta-feira (05). A área equivale a um terço do município de São Paulo, e ultrapassa o tamanho da Ilha de Santa Catarina. O índice é 8% inferior ao desmatamento registrado em setembro, de 587 km².

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A medição faz parte do sistema Deter (Detecção de Desmatamento em Tempo Real), que utiliza imagens de satélite e identifica apenas áreas com tamanho com tamanho superior a 2.500 m². Na medição, são levados em consideração tanto os locais em que a floresta foi completamente destruída – o chamado "corte raso" – quanto as áreas em que houve destruição de parte das árvores – fato conhecido como "degradação florestal".

Devido à cobertura de nuvens, apenas 73% da Amazônia Legal pôde ser vista nas imagens analisadas. Os estados que ficaram mais encobertos foram o Amapá (87%) e o Pará (40%). O índice de desmatamento foi semelhante ao registrado no mesmo mês de 2007, com um aumento de 9%. Em setembro do ano passado, o Inpe registrou 498 km² de devastação.

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O estado que mais perdeu áreas de mata foi Mato Grosso, onde foram desmatados 232,8 km² de floresta amazônica, segundo o Inpe. O Pará está em segundo lugar, com 218,8 km², seguido por Rondônia, onde houve 36,4 km² de devastação.

Alerta

O sistema Deter é desenvolvido para dar apoio às fiscalizações contra crimes ambientais. Como consegue detectar áreas em que a floresta ainda não foi totalmente derrubada, ele permite que providências sejam tomadas antes que toda a mata seja derrubada.

O balanço anual e consolidado do desmatamento na Amazônia é medido pelo sistema Prodes, também do Inpe, que tem resolução melhor e consegue detectar focos menores de destruição.

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