A pesquisa do médico sanitarista Darci Braga, sobre a poluição ocasionada pelas indústrias de cal e calcário na região de Colombo, aponta que e emissão do pó poderia ser reduzida em até 10 vezes por meio da instalação de sistemas de filtragem. "Sei que elas (as indústrias) são fonte de sustento dessa população, mas a intenção é chamar atenção para a necessidade de se tomar medidas para reduzir a emissão de poluentes no ar", diz. Na semana passada, o Instituto Ambiental do Paraná vistoriou 11 dessas empresas na região de Colombo. Uma foi autuada em R$ 10 mil por causa de irregularidades.
De acordo com o Sindicato das Indústrias Produtoras de Cal no Estado do Paraná (Sindical), existem 35 empresas no município. Em dez delas o IAP identificou irregularidades. As empresas então firmaram Termos de Ajustamento de Conduta (TAC) com o órgão e o Ministério Público. Os documentos prevêem adequações que variam de empresa para empresa e por isso elas são monitoradas constantemente.
Outro lado
A reportagem conseguiu, com base em dados fornecidos pelo Sindical, entrar em contato com 19 empresas. Dessas, 16 afirmaram já possuir exaustores e filtros. As três que disseram não contar com os sistemas se justificaram dizendo que trabalham com uma quantia pequena do produto ou que utilizam apenas as pedras, sem refinar. Em julho, as indústrias da região serão convocadas para uma reunião na qual deverão apresentar o andamento das readequações exigidas na resolução 54/06 da Secretaria Estadual do Meio Ambiente. (CV)