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Policiais da Delegacia de Furtos e Roubos (DFR) de Curitiba prenderam por volta das 18h de terça-feira (26) as sete pessoas responsáveis pelo assalto a uma casa na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), no dia 20, quando uma dona de casa foi sofreu abusos por mais de dez horas. A quadrilha seria responsável por outros 10 roubos.

Na ocasião, Cleberson "Dinho" de Souza, de 28 anos e Adriano Eloi de Oliveira, 25, entraram na casa fingindo interesse na compra de um notebook anunciado pela família no jornal de classificados Alô Negócios. Os criminosos renderam os moradores e abusaram sexualmente da dona de casa, uma manicure de 33 anos, até o amanhecer do dia seguinte, enquanto o pai e o filho, respectivamente de 37 e 16 anos, ficaram trancados em um quarto. De acordo com a polícia, Adriano teria forçado o pai a presenciar um dos estupros que sua mulher sofreu nas mãos de Dinho.

A dupla levou diversos bens da residência, incluindo um carro e o notebook anunciado. O automóvel, um gol cinza, foi localizado na esquina da Rua Sete de Setembro com Bento Viana, imediações da Praça do Japão, na manhã do dia seguinte, algumas horas depois dos bandidos abandonarem a casa das vítimas.

Após sair da casa, os criminosos foram ao banco sacar o dinheiro da conta da família. Levaram R$ 500. O circuito interno da agência do Banco do Brasil da Rua Marechal Deodoro, no Centro de Curitiba, chegou a registrar imagens dos bandidos.

Segundo a DFR, as mulheres da dupla também estariam envolvidas no crime: Patrícia Camila Amâncio, de 20 anos, mulher de Dinho, e Cíntia Cristina da Conceição, 25, mulher de Adriano. Elas guardavam os bens roubados pela dupla em casa. Além delas, Janaína Prestes Mateus, 23, e Priscila Alves de Chaves, 21, também ofereciam a casa como depósito da dupla. O destino dos eletrônicos roubados era a loja de Jéferson Jakies de Oliveira, 39 anos. Todos serão indiciadas por crime de receptação e formação de quadrilha. Adriano e Cleberson responderão também por roubo seguido de estupro.

"Cada integrante do grupo tinha um papel. Oliveira e Souza eram os responsáveis diretos pelos roubos nas residências. Eles têm apartamentos e carros nos seus nomes, que foram adquiridos devido à prática desses roubos", explicou o delegado-titular da DFR, Luiz Carlos de Oliveira. Segundo o policial, a quadrilha seria responsável por no mínimo outros dez roubos na região de Curitiba.

A polícia encontrou nas residências da quadrilha dezenas de objetos roubados. Foram apresentados à imprensa na DFR aparelhos de DVDs, aparelhos de som, três impressoras, televisores de diversos modelos, computadores, microondas, roupas e dezenas de relógios e celulares. O dinheiro não foi recuperado.

Os dois casais foram presos por volta das 18h. Dinho e Patrícia caminhavam pela Praça Rui Barbosa; Cíntia e Adriano no Shopping Estação. "Pegamos eles pelo braço sem causar pânico. Nem deu tempo deles esboçarem reação", conta o superintendente Carlos da Velha. Segundo o policial, Dinho portava uma pistola calibre 380. Cíntia tinha um revólver calibre .38 na bolsa. Os presos confessaram os crimes e levaram a polícia até os outros três integrantes.

Outro lado

"Pensava que era só roubar", diz Adriano, que aponta Dinho como o responsável pelos abusos sexuais e a violência. Dinho não quis se manifestar.

"Achava que em quinze minutos a gente terminaria tudo", conta Adriano. Segundo ele, a dupla só fugiu no outro dia para não levantar suspeitas. Adriano nega ter mostrado o estupro para o pai da família.

As mulheres da dupla disseram não saber que os objetos eram roubados e repudiaram os estupros dos quais os maridos são acusados. As outras duas mulheres acusadas não foram apresentadas na DFR.

Jéferson confessou que comprava as mercadorias sem nota fiscal. "Era tudo com contrato, dentro da legalidade. Nem sei por que estou preso", disse o empresário.

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